Governadores chegam a Brasília, se unem a Lula e criam "onda a favor" do governo
Por Wilson Lima, de Brasília
Dentro do PP, o governo alega que conseguiu obter pelo menos 12
votos a partir da influência do deputado Flávio Dino em parceria com o
deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), um dos aliados remanescentes do
governo federal. Os deputados do PP, entretanto, alegam que Fonte e Dino
não vão conseguir entregar os 12 votos. Um deles é certo: o do
vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (MA), que declarou voto
contra o impeachment um dia após ter se manifestado a favor da saída da
presidenta da República.
No caso específico do maranhense, a negociação envolveu a promessa
de apoio por parte do governo do Maranhão para que ele lance uma
candidatura ao Senado em 2018. O deputado também recebeu a indicação de
que poderia assumir o Ministério da Integração Nacional, conforme
interlocutores do deputado.
Outro cenário que começa a ser revertido pelo governo, segundo aliados do Planalto, é a adesão do PSB ao impeachment. Lula tem convencido aliados do PSB a não apoiar o afastamento de Dilma e pelo menos dois votos da bancada socialista já foram revertidos: Júlio Delgado (MG) e José Reinaldo (MA).
Outro cenário que começa a ser revertido pelo governo, segundo aliados do Planalto, é a adesão do PSB ao impeachment. Lula tem convencido aliados do PSB a não apoiar o afastamento de Dilma e pelo menos dois votos da bancada socialista já foram revertidos: Júlio Delgado (MG) e José Reinaldo (MA).
Os governadores também estão pedindo a parlamentares de seus
Estados que se ausentem da votação de domingo (18). A estratégia é
clara: criar dificuldades para a oposição obter 342 votos a favor do
impeachment. Até o momento, dizem interlocutores do governo, a tática
tem dado certo. De todas as sessões de debate já realizadas pela Câmara
no processo de impeachment, a com o maior quórum foi a da noite de ontem
(15), que contou com a presença de 490 parlamentares. Na manhã deste
sábado (16), a sessão registrou a presença de 286 deputados.
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