Foto: reprodução/facebook oficial |
Presidente da OAB-RJ e filho de pernambucanos, Felipe Santa Cruz denuncia apologia à tortura no Parlamento. Vamos ao Supremo e até às cortes internacionais contra Bolsonaro, diz.
“A imunidade parlamentar é um instrumento muito valioso e foi
utilizada para se fazer apologia a um torturador”, disse o presidente da
OAB-RJ em relação a Bolsonaro, que votou em homenagem ao militar Carlos
Alberto Brilhante Ustra, acusado de crimes de tortura e da morte de 47
pessoas durante a ditadura militar (1964-1985), e notório por ser o
torturador da própria Dilma Rousseff, atual presidente da República.
Felipe Santa Cruz é filho de pernambucanos. O pai dele é o militante
político Fernando Santa Cruz, desaparecido desde 1974, quando combatia a
ditadura militar. Na época, Felipe tinha apenas dois anos. Ele disse
que Bolsonaro já o provocou várias vezes e que o deputado se “alimenta
desse veneno”, que desperta “o ódio em uma camada cada vez mais
crescente e desinformada da população”, declarou. O caso Bolsonaro, nas
palavras do advogado, será levado ao Supremo Tribunal Federal e até a
Cortes Internacionais, “se for preciso”, afirmou.
A idéia também é saber até que ponto um parlamentar pode se utilizar e
se proteger por trás do argumento da imunidade: “Eu posso ir à tribuna e
pregar o homicídio? Pregar a extinção de trinos indígenas? Quais são os
limites? A tortura ofende a lei do Brasil?”, indagou Felipe Santa Cruz.
Questionado sobre o deputado Jean Willys (PSOL-RJ), que cuspiu em
Jair Bolsonaro na mesma sessão da Câmara, Felipe Santa Cruz afirma que
isso é uma questão de âmbito da própria Câmara dos Deputados: “A
cusparada tem os elementos para quebra de decoro. A cusparada é entre
eles, mas apologia a tortura? São ofensas completamente
desproporcionais”, frisou.
Leia entrevista completa no link abaixo:
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