O Brasil não aceita "ultimato de um governo golpista", disse neste domingo (27), em Porlamar (Venezuela), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em resposta ao prazo de dez dias dado pelo presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti, para definir o status de Manuel Zelaya, que está na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa.
Em entrevista coletiva durante a 2ª Cúpula América do Sul-África (ASA), Lula disse que o deposto líder hondurenho é "o presidente legítimo de Honduras" e que seu status é "hóspede da Embaixada do Brasil" em Tegucigalpa.
"Zelaya foi expulso do poder da maneira mais vergonhosa possível", disse Lula. "Para mim, a solução é simples: os golpistas devem sair do palácio presidencial", afirmou Lula, acrescentando que "Zelaya deve retornar ao poder e se deve convocar eleições".
No sábado, Micheletti cobrou uma posição rápida. “Novamente, solicitamos ao governo do Brasil que defina o status do senhor Zelaya, dentro de um prazo não maior de dez dias. Se não for assim, nos veremos obrigados a tomar medidas adicionais, conforme o direito internacional”, anunciou o Ministério de Exteriores do governo de fato em comunicado.
Entenda a crise política em Honduras.
Eleito em 2006, Zelaya foi deposto no dia 28 de junho por um golpe militar. Os militares argumentam que Zelaya queria incluir nas cláusulas das eleições, que ocorrem em novembro deste ano, a possibilidade de mudar a Constituição do país para poder se reeleger.
O presidente deposto voltou na última segunda-feira a Tegucigalpa, refugiando-se na Embaixada brasileira. Desde então, a sede da diplomacia brasileira está cercada por militares, apesar de o Conselho de Segurança da ONU já ter condenado o cerco. (G1)
2 comentários:
parece que o nosso COMPANHEIRO vai mesmo encarnar o CHÁVEZ!
AVANÇA BRASIL!
excelente postagem. Parabéns!
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