BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira que a oposição tentaria o terceiro mandato caso estivesse ocupando a Presidência da República no momento positivo que o Brasil atravessa atualmente.
Se fosse o lado de lá e eles estivessem na situação que estou, teriam levantado a tese do terceiro mandato - disse em entrevista a rádios de Salvador. Lula disse que não levantou essa tese por considerar ser um risco para a democracia e disse ter convencido seu partido, o PT, a "parar com a brincadeira de um terceiro mandato".
Segundo ele, quem tem um terceiro mandato pode querer um quarto, um quinto, o que ameaça a democracia do país.
- Se a gente começa colocar na cabeça, sou insubstituível, imprescindível, começa nascer um pequeno ditador.
Lula reafirmou também nesta sexta-feira que quer a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, como candidata à Presidência da República em 2010. Segundo ele, a ministra tem uma "perspectiva enorme de vencer".
- É importante todo mundo saber que quero a Dilma como candidata, estou trabalhando para isso, porque trabalho com a Dilma há oito anos e sei da competência gerencial e política dela. Ela iria apenas colocar o estilo dela no governo e fazer as coisas novas que não conseguimos fazer.
O presidente disse ainda que se a simpatia for importante para ganhar as eleições, a ministra não sai perdendo.
- Tem adversário dela que é muito menos simpático do que ela, então, se for por simpatia, ela já está eleita - declarou após afirmar que muitos alegam que Dilma não tem a simpatia e a desenvoltura necessárias para enfrentar uma campanha eleitoral.
Lula também avaliou o potencial que ele tem de transferir votos para os candidatos que apoia. Para ele, é mais difícil transferir votos para cargos como os de vereador e prefeito, por se tratar de políticos que estão mais próximos das pessoas em seus bairros e cidades. Já no caso de presidente da República, Lula avalia que seu apoio teria mais peso.
- Acho que o governo tem possibilidade de repassar muito voto, claro que tudo isso é relativo, por que vai depender muito da performance da nossa candidata, do desempenho dela durante a campanha, nos debates - disse. (O Globo)
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