Por DiAfonso*
Acabo de fazer uma incursão por alguns blogs e, como não poderia deixar de ser, vou até o Cloaca News (1). Lá, encontro um texto referindo-se à colunista da Folha de São Paulo, Bárbara Gancio, e ao desagravo que ela faz a Bóris Casoy (2). Após leitura do que foi postado pelo Cloaca, navego pelos links indicados no corpo do texto e caio direto no blog da jornalista e me vejo diante do título "Rubens Ricupero Revisitado". A interpretação de alguns trechos do escrito da Bárbara me leva a tecer algumas considerações. "Vejamo-las elas", como costumamos dizer em nosso bate-papo informal:
A colunista inicia seu desagravo a Bóris invocando um outro caso de incontinência verbal cujo protagonista fora o então ministro da Fazenda Rubens Ricupero. O ministro renunciaria ao cargo exatamente porque, numa conversa com o jornalista Carlos Monforte, da Rede Globo, dissera, revelando detalhes do Plano Real: "Eu não tenho escrúpulos: o que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente esconde". A fatídica conversa havia sido captada por antenas parabólicas e vazada para o público, ficando o episódio conhecido como "Escândalo da Parabólica" (3).
Comparativamente pode-se dizer que, em ambos os casos, houve deslize de natureza ética. No episódio Ricupero, o ministro revelou sua falta de ética ao dizer o que disse por, digamos assim, questões estratégicas para a manutenção do governo FHC; no caso do Bóris, a falta de ética traz em sua gênese um abominável preconceito de classe.
Nota-se que Bárbara trata o interlocutor/leitor de seu blog com a expressão "doce internauta". Ver-se-á mais adiante, no seu próprio texto, que tais internautas terão seus possíveis comentários preservados e aceitos se não ousarem "[pedir] a cabeça do apresentador", já os demais... Bom, os demais não terão tanta sorte assim e, provavelmente, passarão a ter sabor amargo, tendo seus comentários "[defenestrados] por conta das intenções óbvias por trás das mensagens". Aqui, há uma alusão à possível condição de apoio a Lula, vinda de tais amargos comentaristas, outrora "doce internauta".
Mais adiante ela diz que não seria justo chamar Ricupero e, por extensão o próprio Bóris, de Crápulas por incontinências verbais cometidas às escondidas, visto que são pessoas sérias e de "reputação sem qualquer mácula".
Passa, então, a tratar especificamente do caso Bóris, justificando o comportamento do "âncora" a partir de uma premissa falaciosa, qual seja a de que "O microfone estava aberto quando não deveria estar. O apresentador do 'Jornal da Band' disse o que disse sobre os garis para a sua equipe, não para o público nem em público." Entenderam o raciocínio? Houve uma falha técnica ("microfones abertos") e, pasmem, o ódio de classe e o preconceito do Bóris Casoy só deveriam ser ouvidos pela equipe do jornalista e, após "um intervalo para os comerciais", tudo voltaria à normalidade: sorrisos amenos com alguma matéria leve ou um semblante sério como a ratificar a integridade casoyniana diante de um "descalabro" qualquer que envolvesse o governo Lula, o MST ou políticos do DEMsalão, por exemplo. Então, nesse momento e diante do telespectador, estaria um Bóris Casoy não preconceituoso, humano e justo a repetir o bordão: "Isto é uma vergonha!".
A jornalista ainda apresenta um entendimento prejudicial ao desagravo que ela resolvera encampar em favor de Bóris: "Pelo que entendi, ele não aprovou a escolha dos personagens usados em uma matéria de Boas Festas". Isto pode significar que... que Bóris é extremamente preconceituoso e, se pudesse, não permitiria GARIS SAUDANDO O ANO NOVO E DESEJANDO FELICIDADES AOS TELESPECTADORES. Não no horário em que o "âncora", Bóris Casoy, estivesse no ar! Aí, seria pedir demais a um ser humano alçado a condição profissional melhor do que a de seus pares... humanos!
Barbara finaliza seu texto de modo cordial com aqueles que não comungam com suas orientações ideológicas: "Menas, idiotas latino-americanos, menas". Aqui, evidentemente, não vamos discutir o bordão ou coisa que o valha. Apenas observamos que, até mudança de ordem geográfica (quem sabe o Serra não acelere este deslocamento geográfico?!?!...), São Paulo é Brasil e Brasil é América-Latina... Ou será que estou enganado?!?!...
(1) Para ir ao Cloaca News, clique AQUI.
(2) Para ler, na íntegra, o texto da jornalista Bárbara Gancia, clique AQUI.
(3) Para ter uma ideia do Escândalo da Parabólica, clique AQUI.
*Editor-geral do Terra Brasilis
2 comentários:
Cumpadi, o sinhô ta ca mulesta, viu.Haja porrada nos sabujos do PIG. Parabéns, cumpadi!
Olá, Cumpadi! Bom dia!
kkkkkkkkkkkkk Tou nada... Hannah Clara não tá me deixando trabaiá! kkkkkkkkkkkkkkkkkk Qualquer dia eu vou "sê disculhambado por esse PIG! Vêje só o qui eu tô dizeno!" kkkkkkkkkkkkkkkk
Abração!
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