Esse artigo é uma resposta para a peça de apologia ao direitismo assinada pelo jornalista Diogo Schelp chamada “Bandeiras Ideológicas”. Esse Editor da Veja é um dos especialistas da revista em falar o que a minoria reacionária quer ouvir, atacando tudo que ele considera ideologia de esquerda com uma virulência muito comum naqueles que não possuem capacidade de convencimento por argumentação, precisando apelar para clichês batidos. Segundo o wikipedia o seu artigo mais importante é uma tentativa torpe de desconstrução de Che Guevara.
A verdade incontestável para quem se informa em vez de ficar alienado como os leitores da Veja, é que a política externa no governo Lula projetou o Brasil internacionalmente passando de eterna promessa sem expressão para alcançar uma posição de destaque no cenário mundial e o respeito da comunidade internacional. O Brasil foi alçado a uma posição de liderança do G20, que pela força com que se destacava os BRIC tomou o lugar do G8 no centro das decisões mundiais. O presidente Lula ganhou o reconhecimento quase unânime dos demais países por provar que era possível um país crescer de forma sustentável distribuindo renda e fazendo justiça social, porisso acabou homenageado no Forum Mundial de Davos com o prêmio de Estadista Mundial, prêmio inédito naquele fórum, além de ser aplaudido de pé no Forum Social, que é um contraponto ao forum mundial.
Na política de relacionamento com os demais países o Itamaraty demonstrou “personalidade” e em vez de se alinhar automaticamente aos interesses dos EUA e União Européia isolando os inimigos destes, adotou políticas de conciliação, buscou o diálogo tentando aparar arestas, agiu quando precisou sem abandonar sua tradição pacifista, liderou uma missão internacional para pacificação do Haiti, interviu em nome da democracia no golpe imoral em Honduras, que esse jornalistazinho adulador de golpistas afirmou que era algo legal, quando o mundo inteiro condenou o golpe de estado. Acho que só a imprensa Brasileira e a imprensa chapa branca dos golpistas de Honduras aprovaram aquele golpe imoral.
Nas Américas o Brasil adotou a posição de liderança natural, nunca assumida pelos governos anteriores, soube controlar agitações de reformas em países vizinhos e entender a necessidade desses países em realizar aquelas mudanças que mesmo em um primeiro momento parecesse que o Brasil estava levando prejuizo, o Brasil teve a visão de entender que para chegar onde o Brasil almeja chegar precisa de vizinhos fortes. Sufocar os vizinhos era o que os adversários desse governo esperavam, acho que eles não conhecem a fábula da galinha dos ovos de ouro.
Essa posição de destaque e reconhecimento das nações mais importantes do mundo sobre a importancia da opinião brasileira nem sempre foi assim. No governo anterior, o complexo de vira-latas era uma constante no posicionamento brasileiro nas decisões internacionais, o país naturalmente se alinhava as posições dos EUA e outros países líderes com a subserviencia de um país de terceiro mundo bem comportado. O FMI dava puxões de orelhas públicos no governo brasileiro, e quando vinha ao Brasil determinava quais seriam os parâmetros política econômica e determinava os limites das políticas sociais. O presidente Brasileiro chegou a humilhar o país publicamente ao discursar em língua estrangeira como um colonizado amestrado e em outra situação onde vestiu fardão para se encontrar com a Rainha da Inglaterra mostrando que a reverência aos poderosos foi a marca principal da política externa do governo FHC.
Os golpistas de plantão, que apoiam ditadores como o Micheletti e marionetes dos americanos como o Uribe, gostariam que o Brasil intercedesse em vizinhos soberanos, onde os presidentes foram eleitos democraticamente e não sofreram golpes de estado, que passam por momentos de agitação mas porque estão decidindo seus destinos de forma democratica, já esses neo-amantes-da-democracia defenderam veementemente que o golpe de estado em Honduras não foi um golpe, ou seja, democracia para eles é derrubar governos eleitos democraticamente só por não se alinharem ao seu ideário elitista. Golpe de estado e ditadura é aceitável mas só se for de direita.
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Por Diafonso:
É inconteste o papel que, a partir do governo LULA, o Brasil assumiu nas discussões no âmbito das relações internacionais. Firmou posição, lançou a subserviência de antes à lata do lixo e, como você mesmo afirma, “demonstrou personalidade”.
Também é inconteste o papel raivoso dos que desconstroem as conquistas do Governo LULA com o sórdido intuito de agradar a uma minoria reacionária, mesquinha e elitista. Dentre os atores, estão muitos jornalistas da estirpe do sr. Diogo Schelp...
Do Blog do LEN
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