terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Os rábulas dos DEMos



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Por DiAfonso*

Em matéria publicada hoje, na página 4 de Política do Jornal do Commercio (Recife) [1], dois senadores do PSDB apareceram como advogados dos DEMos.


O primeiro foi Arthur Virgílio (AM), líder (?) tucano no Senado. Depois de um ostracismo imposto por suas "éticas" ações e pela imbecilidade de sua verborragia, eis que ele volta com a leseira de sempre.

O segundo a se apresentar foi Álvaro Dias (PR), com o "primor" de discurso que o tipifica. Só que, desta vez, o senador pelo Paraná se fantasiou de amnésico ou de um ser propenso à demência voluntária (não lhe avisaram que o carnaval acabou?). Essa amnésia e essa demência têm a ver com o que ele defendera, certa feita, a respeito do PT e que, na recente declaração, fez questão de esquecer. Leiamos as pérolas dos rábulas:

"O DEM tomou atitudes, quem não tomou foi o PT, que absolveu os seus mensaleiros. Acho que a eleição tem um outro jogo que começa agora, que não é favorável à Dilma (Rousseff, pré-candidata do PT)" (Arthur Virgílio, "Defensor" contratado pelo DEM)

Sobre o mensalão do DEM no GDF, a cassação do mandato (suspensa) do prefeito de São Paulo - Gilberto Kassab - e da não-interferência desses episódios na candidatura tucana, disse o outro "Defensor" contratado pelo DEM, Álvaro Dias:


"Só haveria contaminação se não houvesse uma ação vigorosa do partido (DEM). Quando um partido age vigorosamente, elimina a hipótese de contaminação. Condenar a instituição pelos erros de alguns não é honesto."

Mas não fora esse o raciocínio do Senador Álvaro Dias em entrevista publicada no Vote Brasil, em 17/06/2006:

"PT apostou em um projeto de poder de longo prazo e para isso usou a corrupção para se financiar e cooptar parlamentares. Isso ficou comprovado nas investigações feitas pela CPMI dos Correios, pela Polícia Federal e pelo Ministério Público."
[2]


Conforme trecho da entrevista, só temos que concordar com o Senador: "Condenar a instituição pelos erros de alguns NÃO É HONESTO". Há de se perguntar: porque, na entrevista, há a expressão "PT" e não parlamentar A ou B?

Cabe, aqui, questionar: a "honestidade" a que se refere o parlamentar paranaense é por estação? É de veneta?

Sinto dizer-lhe, senador: o senhor NÃO FOI HONESTO na entrevista...


*Editor-geral do
Terra Brasilis


[1] Título da matéria no JC: "PSDB minimiza danos a José Serra".

[2] Entrevista do Senador Álvaro Dias ao Vote Brasil,
AQUI.


2 comentários:

Anônimo disse...

Política, grande política.

no disse...

"Não é honesto"- É uma uma difamação para o PT, ou para um indivíduo qualquer. A expressão é uma forma, tb, de sair pela tangente, usando um vocabulário polidamente agressivo que cobre o adversário de lama sem aparentemente se sujar em nada. Mas, captar a malícia destas palavras é um desafio para o povo brasileiro. Será que as pessoas de modo geral vão conseguir perceber estas sutilezas enganadoras ou tem muita gente disposta a se iludir?

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