Davi derrota Golias
A Política é a Guerra por outros meios, já dizia Carl Von Clausewitz. E como em todas as guerras, há sempre uma batalha essencial, emblemática, que se constitui no ponto de viragem da guerra; no divisor de águas, na batalha-mãe que alterará definitivamente os rumos do conflito. Foi assim na guerra Franco-Russa de 1812, na batalha de Borodin, onde o general Kutuzov atraiu Napoleão, entregou-lhe uma Moscou incendiada, para depois, alongando a presença da Força francesa em território russo, atraindo-a para uma armadilha e cortando-lhe os suprimentos, impor à França a maior e mais humilhante derrota, além da perda de mais de 600.000 homens.
Da mesma forma podemos afirmar que, no embate eleitoral de 2010, uma batalha será conhecida, no futuro, como o fato capital que impediu o tucanato de retornar ao poder central: a Representação que o Movimento dos Sem Mídia - MSM - protocolou na Procuradoria-Geral Eleitoral, solicitando que a Justiça e Polícia Federal investiguem os quatro maiores institutos de pesquisa do país: Vox Populi, Sensus, Ibope e Datafolha.
Ao representar junto à Justiça Eleitoral solicitando a investigação, o MSM abortou, no nascedouro, um contubérnio golpista entre a grande mídia (Folha, Veja, Globo e Estadão), alguns institutos de pesquisa e a oposição descerebrada e sem propostas (PSDB, DEM e PPS): a manipulação, às vezes sutil, às vezes explícita, de pesquisas eleitorais, de modo a criar um ambiente favorável ao crescimento da candidatura de José Serra, já, naquele momento, sofrendo de desidratação contínua e galopante nos índices de intenção de voto.
Por que o ato do MSM forja a batalha definidora desta eleição? Por colocar a Justiça e Polícia Federal nos calcanhares dos institutos de pesquisa, obrigando aqueles que manipulam a vontade do eleitor a se enquadrarem? Por isso também, mas não só e nem tanto. Ao deferir a petição de uma organização civil de uma população aparentemente desorganizada e dispersa, a Justiça confere um protagonismo que a sociedade comum nunca teve; coloca-nos a todos, cidadãos comuns do povo, como agentes ativos do processo eleitoral. E como agentes do processo, os cidadãos já não mais admitem a manipulação descarada e vergonhosa que a elite política brasileira e seus bate-paus da mídia corporativa sempre fizeram com o processo político em nosso país. O povo assumiu as rédeas da batalha em suas mãos e deu o recado: a partir de agora, só aceitaremos o jogo limpo! Só vai ganhar e levar quem tiver a maioria dos votos! E a batalha terá que ser limpa e ética!
Como em Borodin, onde, apesar de terem um exército mais numeroso, os franceses perderam para o gênio e a estratégia de Mikhail Ilarionovitch Kutuzov, na guerra eleitoral de 2010, a oposição golpista, contando com um exército de cacundeiros na grande mídia corporativa, perderá a eleição. E perderá, basicamente, porque subestimou um grupo de cidadãos, aparentemente desconectados entre si, que, empunhando a metralhadora letal que é a Blogosfera, bradaram: Basta! Chega de impostura e manipulação, sempre a favor de uma elite apátrida e descomprometida com a nação! Não aceitaremos mais essa farsa! Somos agentes do nosso destino e do destino da nossa nação!
Vida longa à sociedade civil!
Vida longa ao Movimento dos Sem Mídia!
Vida longa à Blogosfera!
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