quarta-feira, 11 de agosto de 2010

SEIS PERGUNTAS PARA AJUDAR O BONNER

Como fiz com a central antiboatos lançada por José Serra, não posso me furtar a oferecer uma modesta contribuição ao apresentador William Bonner para a entrevista de daqui a pouco com José Serra. Portanto, sugiro meia-dúzia de perguntas, tão ou mais gentis do que as feitas por ele a Dilma, para serem feitas ao candidato tucano.
1 – O senhor, por gentileza, poderia confirmar ou desmentir as declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de que foi o senhor o grande incentivador da privatização da Vale? O que o senhor acha de ela ter sido vendida por menos do que foi o lucro da empresa, este ano, em apenas três meses?
2- O presidente Fernando Henrique ficou conhecido pela frase “esqueçam o que escrevi”. O senhor escreveu e assinou  a promessa de que não deixaria a prefeitura de São Paulo antes de terminado o mandato. E deixou. Também vale para José Serra o “esqueçam o que escrevi”?
3- O senhor declarou que, ao entrar no Ministério da Saúde, nem sabia o que eram os genéricos. É verdade que os genéricos foram criados muito antes, pelo então ministro Jamil Haddad?
4- Na segunda-feira, eu perguntei a Dilma sobre o apoio de Sarney, de Collor e de Renan Calheiros. Agora eu pergunto  se o PSDB e o senhor, que combateram tanto Paulo Maluf e Orestes Quércia, se os senhores mudaram. Qual Serra estava correto, aquele  que combatia Maluf e que saiu do PMDB de Quércia ou o Serra de agora, apoiado pelos dois?
5- O seu vice, Indio da Costa, declarou que o PT é ligado às Farc e ao narcotráfico. O senhor confirma essa declaração, de que o PT tem ligação com o tráfico de drogas?
6- Na sua campanha, em 2002, o senhor usou como símbolo uma carteira profissional, aquela azulzinha, como representação do sonho de todo brasileiro em ter um emprego. O Governo do qual o senhor participou e do qual foi o candidato, naquela ocasião, criou menos empregos em oito anos que o Governo Lula só nestes sete meses de 2010. O senhor acha que isso é poder mais?
Como vocês podem ler, fui legal e nem falei no pedágio, para que não aconteça com o Bonner o que aconteceu com o Heródoto Barbeiro, da TV Cultura, que perdeu o emprego.

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