Candidata não citou Tuma Jr, negou "terminantemente" as acusações e pediu provas
Sem citar o nome do ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Jr. a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, apontou motivação pessoal para as acusações de que ela seria responsável por encomendar dossiês publicadas hoje pela revista Veja. A candidata negou "terminantemente" as acusações.
"Acredito que a pessoas que fez este tipo de coisa deve ter razões pessoais para fazê-lo porque ninguém explica como é que uma pessoa grava uma conversa com outra nestas circunstâncias", disse Dilma no início da tarde deste sábado depois de uma carreata em Carapicuiba, na Grande São Paulo.
Reportagem publicada pela Veja reproduz uma suposta gravação na qual o atual secretário nacional de Justiça, Pedro Abramovay, teria se queixado com Tuma, seu antecessor no cargo, de pressões da ex-ministra da Casa Civil para a produção de dossiês. À revista, Abramovay negou a conversa e Tuma, que foi exonerado do cargo por suspeitas de corrupção, confirmou.
Dilma evitou acusar Tuma. "Não faço ilações", disse ela. Além das motivações pessoais Dilma citou a disputa eleitoral como causa das acusações e cobrou provas.
"Gostaria que houvesse da parte de quem acusou a comprovação e a prova de que alguma vez eu fiz isso. Me desculpem mas é muito fácil vir na última semana da eleição e fazer uma acusação contra uma pessoa sem nenhuma prova", disse ela.
Violação de sigilos
Questionada sobre o fato de Jorge Luiz Siqueira, ex-funcionário da campanha, ter hospedado em Brasília o jornalista Amaury Ribeiro Jr., indiciado pela violação do sigilo fiscal de pessoas ligadas ao PSDB, Dilma partiu para o contra-ataque e disse que o episódio é fruto da disputa entre tucanos para a eleição presidencial.
"O vínculo mesmo é o seguinte: houve um processo de quebra de sigilo ocorrido entre setembro e outubro de 2009 quando não tinha pré-campanha nem campanha. O depoimento do Amaury aponta um conflito dentro da campanha dos tucanos como origem deste documento (dossiê)", afirmou Dilma.
A candidata lembrou que em depoimento à Polícia Federal o jornalista afirmou que o objetivo era proteger Aécio da espionagem de Serra. "É isso que o Amaury disse".
Paz e amor
Diante dos seguidos episódios de violência entre militantes do PT e do PSDB, Dilma fez um apelo para que os petistas mantenham um clima de "paz e amor"na reta final da campanha. "Faço um apelo para que daqui para frente se crie um ambiente mais de confraternização com o eleitor do que este ambiente que cria desavenças e episódios desagradáveis", disse ela.
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