Lula abaixa o tom e pede calma à militância
Depois das críticas que recebeu por ter dito duas vezes que o episódio ocorrido no Rio de Janeiro com o candidato à Presidência da República, José Serra (PSDB), era uma farsa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu calma aos militantes. Em discurso na concentração antes da caminhada em Carapicuíba (SP), Lula orientou os apoiadores para que não haja violência na reta final da campanha. “Não aceitem provocações. A surra que a gente quer dar neles é na urna. Não queremos agredí-los com palavras e nem com gestos, queremos é encher a urna”, ressaltou.
Apesar de minimizar as repercussões de sua reação, Lula voltou a dizer que o episódio foi uma manipulação. “Tentaram fazer uma armação para dizer que nós somos violentos”, disse o presidente, lembrando os presentes de sua reação em todas as derrotas que sofreu nas eleições de 1989, de 1994 e de 1998. De acordo com ele, nessas ocasiões não houve violência, o que comprova que o PT não é violento.
O presidente procurou não levantar o tom durante seu discurso, mas aproveitou o tema para alfinetar a estratégia de campanha tucana afirmando que o partido não recebe bem a derrota. “Eles que falam em democracia não sabem perder”, criticou Lula.
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