Adital - Sob o lema "Trabalho, Justiça e Vida", organizações e movimentos sociais da América Latina e do Caribe irão às ruas amanhã (12) para lutar contra a violência, a exploração e a destruição da natureza. As ações fazem parte da 12ª edição da Jornada de Mobilização Continental Grito dos/as Excluídos/as.
Desde 1999, o 12 de outubro ganhou um significado a mais para as populações latino-americanas e caribenhas. Nesse dia, organizações populares de vários países da região realizam atividades de construção de alternativas e de resistência contra os problemas sociais que ainda imperam no continente.
Marchas, vigílias, debates e fóruns são apenas algumas das ações programadas para acontecer em diversas nações no dia 12 de outubro de cada ano. Amanhã, por exemplo, o Grito dos/as Excluídos/as no Chile se unirá a uma marcha do povo Mapuche. Na ocasião, os participantes reivindicarão a autodeterminação e a liberdade para todos os mapuche presos no país.
No Equador, o Grito marcará o encerramento do IV Fórum Social Mundial das Migrações e a abertura do V Congresso da Coordenação Latino-Americana de Organizações Camponesas (Cloc). Os manifestantes expressarão suas demandas através de uma marcha até a praça Santo Domingo, em Quinto, onde acontecerá um ato político. Durante a caminhada, haverá uma mística de "resignificação do 12 de outubro como dia da dignidade, da rebeldia e da esperança".
De acordo com convocatória da secretaria do Grito dos/as Excluídos/as Continental, as demandas dos manifestantes "apontam para a construção de sociedades includentes, verdadeiramente democráticas e onde a solidariedade e a equidade prevaleçam sobre o afã de lucro que hoje em dia orienta e modela a sociedade capitalista".
Para isso, o 12 de outubro é considerado pelo Grito uma data de "lutas e dignidade popular e não uma simples aceitação da ideologia de dominação e conquista que as classes dominantes ainda hoje tratam de impor a nossos povos, seja na escola, seja nas comemorações oficiais".
A mobilização é apontada ainda pela convocatória como uma necessidade, principalmente na atual conjuntura política da região, a qual vive um processo de transformação política e de integração dos povos. Mesmo com alguns avanços, como a consolidação da União das Nações do Sul (Unasul), por exemplo, a região ainda sofre com a militarização, o agronegócio e a criminalização das lutas sociais.
"Estados Unidos moveu suas fichas com novas bases militares (Colômbia, Panamá), a ocupação militar na Costa Rica, a militarização e violência crescentes no México, o respaldo ao golpe militar em Honduras, e o assédio constante aos processos naqueles países que avançam em direções contrárias aos desígnios imperiais; assim como a continuidade do bloqueio contra Cuba", ressalta a convocatória.
Por conta disso, este Grito dos/as Excluídos/as terá a intenção de reforçar os rechaços à militarização e os pedidos de retirada das bases militares da América Latina e do Caribe. Do mesmo modo, lutará pelo fim dos deslocamentos, violências e criminalizações dos movimentos sociais e das populações pobres.
Para mais informações, acesse: http://www.gritodelosexcluidos.org
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