terça-feira, 16 de novembro de 2010

Fernando Haddad: se não for para democratizar o ensino, o Enem perderá sua essência

Falhas no Enem são superáveis, diz Haddad no Senado
Claudia Andrade
Direto de Brasília
O ministro da Educação, Fernando Haddad, negou nesta terça-feira (16) que a credibilidade do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tenha sido abalada pelas falhas, ressaltando que o número de inscritos aumentou do ano passado para cá e que as falhas são "superáveis". Em 2009, o exame vazou, obrigando o MEC a reaplicar a prova.
O ministro afirmou que a data oficial do novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para os estudantes que quiserem refazer o teste deverá ser divulgada até o final desta semana ou no início da próxima semana.
Haddad ainda disse que antes de anunciar a data oficial é preciso apurar todas as atas dos locais de aplicação das provas. São mais de 113 mil atas. A afirmação foi feita na chegada ao Senado Federal, onde Haddad explica nesta terça-feira aos parlamentares os problemas ocorridos com a prova.
O Ministério da Educação trabalha com a possibilidade de realizar novo exame para os estudantes que se sentiram prejudicados pelas falhas na primeira prova no dia 4 de dezembro. A data seria escolhida para não coincidir com o vestibular da Fuvest, marcado para o dia 28 de novembro.
Credibilidade
Este ano, alguns cadernos de questões foram impressos com erros, causando confusão e gerando reclamações de estudantes. O ministro ressaltou que os prejudicados são 0,1% do total.
"Se não entendermos que o Enem é para democratizar o ensino, então vamos perder a essência do projeto", defendeu. Haddad disse ainda que a sindicância para apurar responsabilidades pelas falhas na prova deste ano terá início esta semana. "Antes de sacrificar qualquer servidor é preciso dar a ele o direito de defesa".
De acordo com Haddad, os erros que aconteceram no Enem 2010 não têm relação com o incidente do ano passado. "Pode ser por falha natural ou humana, o direito dos estudante deve ser asegurado. O remédio para este problema continua sendo o mesmo do ano passado, de reaplicar as provas".
Erros
O ministro da Educação ainda disse que nenhum sistema está imune a problemas técnicos e que não se pode colocar a reputação das instituições em dúvida em função de um equívoco. "Ninguém ouviu da parte do Ministério nenhuma acusação a incompetência do setor grafico. Há a compreensão de que elas fizeram o seu melhor".
Segundo Haddad, nas 14 edições do Enem não houve uma única vez que não foram enfrentados problemas técnicos dessa natureza. "Sempre que há um problema há uma solução cabível que não seja o cancelamento da prova".
Do Terra

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