segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Augusto Mário marca época na UDN e é cassado pela ditadura

Romilson Dourado


 
Augusto Mário Vieira foi deputado e presidiu a Assembleia na década de 1960 e acabou cassado pelo regime militar. Em 1986, após vários anos afastados da política, ele reconquista o mandato e já tinha sido escolhido pelo então governador eleito Carlos Bezerra para ser o líder do Executivo na AL quando veio a falecer. Augusto foi sócio de Brunini da rádio A Voz D´Oeste e lançou o programa Bandeirante no Ar. Também fundou o extinto jornal Tribunal Liberal. Ele militou na UDN. Era um político carismático, corajoso, respeitado e exercia forte influência no governo Fernando Corrêa da Costa, até mais que o então vice Garcia Neto. Augusto foi cassado devido à traição do colega Waldivino Guimaraes, que, instantes do voto, foi cooptado pela base do governo do presidente Costa e Silva, com apoio incondicional do senador Filinto Muller e do ministro da Justiça Gama e Silva, bem como pela participação ativa do general Pitaluga, então comandante da 9ª Região Militar, com sede em Campo Grande, segundo revela Sebastião Menezes, que mora em Campo Grande e enviou comentário ao blog acerca do assunto. O fotógrafo Demóstenes Milhomem registrou Augusto momentos antes do seu falecimento, quando aparecia no saguão da AL sorrindo e com uma das mãos no peito, ao lado do cinegrafista Eliseu Isaías. Era dezembro de 1986.

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No velório, aparecem ao lado do caixão familiares, o então governador Bezerra e o deputado Roberto França no último adeus a Augusto, mato-grossense de Cáceres e que possuía uma livraria na praça da Matriz, em Cuiabá.
 
Fotos: Demóstenes Milhomem

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