Pelas mãos e jeito desse povo que nunca se cansa de sonhar e trabalhar para que os sonhos se tornem realidade alguns avanços podem ser percebidos em todos os setores.
Alguns ranços de períodos anteriores e grandemente pelo sentimento senhorial de “líderes” partidários regionais que se unem nacionalmente para derrubar as tentativas de modernizar e democratizar o processo eleitoral, principalmente, tentando-se neutralizar o poder econômico e o uso de meios midiáticos.
A constituição das duas casas legislativas não revela a identidade social brasileira, pode até ser legal, mas será legítima?
Ainda que sejam pessoas imbuídas do mais alto espírito (desejo assim pensar), não creio que possam representar o cidadão comum que pega ônibus diariamente para trabalhar e que precisa ser um economicista eficiente para, com seu salário, cumprir com suas obrigações e nem vejo, esse cidadão em condições igualitárias de disputar um pleito e levar as suas reivindicações de classe social.
Os resultados das eleições mostram a hereditariedade e a vitaliciedade tão repudiadas porque pertenceriam ao regime monárquico, mas tão presente em algumas famílias que se eternizam como senhores do saber e das soluções para tantos brasileiros que se juntam para construir diariamente esse Brasil.
Chegou o momento da nação discutir o processo eleitoral. Chega de se ter julgamentos de registros de candidaturas durante e depois do processo eleitoral. Soluções simples como antecipar o período de registros de candidaturas para que se possa julgar todos os pedidos e rejeitar aquelas declaradas inelegíveis antes da campanha eleitoral, podem ajudar.
E, nem se pode esperar que se demore um mandato todo para julgar crimes eleitorais, vindo o resultado ser desprovido de qualquer significado efetivo.
É preciso dar celeridade a esses processos, desde que a lei exija do candidato investigado que abra mão de suas imunidades – que devem ser preservadas apenas para atos relacionados a sua função legislativa – e não para processos envolvendo crimes comuns.
Vamos começar a exigir não apenas transparência dos atos públicos, mas, também a transparência dos atos que levam a pessoa a ser eleita.
Hilda Suzana Veiga Settineri
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