segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Nordeste precisa manter olhos abertos, diz Tânia Bacelar

Na divisão do cobiçado bolo do primeiro escalão da gestão da futura presidenta Dilma Rousseff (PT) São Paulo ficou com quase 1/4 das pastas.

Dos 37 ministérios, 9 dos principais foram destinados a representantes do mais rico e mais populoso estado do país. Bahia e Rio Grande do Sul vêm em seguida. Cada um teve direito a cinco.


No confronto regional, o Sudeste totalizou 15 (Minas Gerais, quem diria, ficou com apenas um, embora seja estado natal de Dilma e segundo maior colégio eleitoral do Brasil).

O Nordeste, nove estados, ficou com 11. Além dos cinco baianos, dois foram para o Maranhão, um para o Rio Grande do Norte, outro para o Sergipe, um terceiro para o Ceará e um último para Pernambuco.

Óbvio que a repartição não indica necessariamente privilégios para A ou B. Além dos mais quem é eleito para o Executivo tem carta branca para convocar quem achar que deve.

Todavia, avaliações de bastidores fazem tremer nordestinos, irritam mineiros e geram ironias entre fluminenses, que ficaram com quatro pastas. A imprensa carioca tratou inclusive de alcunhar o primeiro escalão de Dilma de ‘paulistério’.

Por essas bandas há quem já faça um alerta. Os governadores do Nordeste precisam retomar urgentemente a mobilização em favor da região sob pena de verem investimentos reduzidos e projetos em andamento freados.

A economista e professora da UFPE Tânia Bacelar, concorda que há ‘excesso de paulistas’ e por isso mesmo alerta: “As forças de concentração não morreram”, diz.

Ela teme, principalmente, a voracidade da academia de São Paulo que agora volta a contar com um conterrâneo no Ministério da Ciência e Tecnologia, Aloísio Mercadante (PT).

A professora computa saldo positivo no que diz respeito à descentralização das ações do setor no período em que o hoje governador reeleito Eduardo Campos (PSB) e o professor Sérgio Rezende capitanearam a pasta.

Nesse tempo, diz, as universidades nordestinas receberem centros de pesquisas que antes eram privilégio do Sul/Sudeste. “Considero que houve avanços, mas ainda é pouco. O Nordeste precisa ficar de olhos bem abertos”.

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Um comentário:

lula eurico disse...

Cumpadi, estejamos na trincheira, a favor do Nordeste.
Veja só o que o cientista Nicolelis faz em Natal.
Precisamos apoiar esses que sonham junto conosco.
Pelo Nordeste e pelo pacto federativo, devemos abrir o olho, já que não somos chineses...rs

Abraço fraterno.

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