A volta de Humberto Costa (PT) a Brasília não poderia ser mais satisfatória para quem, com potencial de protagonista, desempenhou papel de coadjuvante nos últimos cinco anos.
Em 2005, ele deixou o Ministério da Saúde após sofrer pressões políticas e enfrentar a crise desencadeada pela “Operação Vampiro”.
No ano seguinte, candidato ao governo de Pernambuco, viu a chance de ser eleito desaparecer diante da denúncia de envolvimento no caso.
O episódio acabou contribuindo para a vitória de Eduardo Campos, que, hoje reeleito para mais um mandato, converteu-se no principal nome das chamadas forças de esquerda no estado.
Quatro anos depois, já inocentado pela Justiça, conquistou mandato de senador em outubro, numa eleição que foi encarada como a oportunidade de “lavar a alma”.
Agora, sobe mais um patamar nessa retomada e volta a ocupar posto de amplitude nacional. Sua carreira sai do estado de hibernação imposto pela espera da isenção judicial e ganha novo fôlego.
Aliás, há alguns meses Humberto vinha dando sinais de que o seu prestígio estava intacto em Brasília.
Participou, com papel de destaque, da equipe de transição entre os governos Lula e Dilma Rousseff e agora, com a presidente empossada, conseguiu encaixar no primeiro e segundo escalões assessores que estiveram com ele no Ministério da Saúde.
A escolha de Humberto como líder da bancada do PT no Senado reafirma, enfim, sua importância política dentro do PT nacional, e, automaticamente, fortalece seu nome no âmbito estadual.
O que isso pode ter de peso em futuras eleições, ainda não se pode mensurar. Por enquanto, Humberto se livra da poeira do passado e vai ganhando terreno para o futuro.
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