Por Altamiro Borges
O mais recente artigo de FHC, que virou manchete garrafal da Folha tucana, continua gerando polêmicas. Até líderes da oposição de direita criticam a sinceridade do ex-presidente, que sugeriu a ela que abandone o “povão” e se concentre na classe média. Na velha mídia, pelo contrário, editorialistas e “calunistas” aplaudem as orientações do “príncipe da Sorbonne”. É o caso do Estadão:
“A análise escrita pelo ex-presidente Fernando Henrique sobre o papel da oposição pode ter algum trecho redigido de forma a ser manipulado com o objetivo de criticá-lo... Importa que FH tem razão quando destaca a importância da nova classe média. Assim como também é indiscutível que a política clientelista do PT, financiada pelo dinheiro do contribuinte, cooptou sindicatos, organizações ditas sociais e parte do ‘povão’, via programas assistencialistas”, argumenta a coluna de “Opinião” do jornal.
Novo alvo e novos instrumentos
Mas o trecho em que o ex-presidente afirma que a oposição deve mudar seu foco [literalmente: “Enquanto o PSDB e seus aliados persistirem em disputar com o PT influência sobre os ‘movimentos sociais’ ou o ‘povão’, isto é, sobre as massas carentes e pouco informadas, falarão sozinhos”] não deve ser o único a instigar as forças progressistas do país.
Na disputa pela hegemonia, o grão-tucano FHC sugere em seu artigo que a oposição de direita adote um novo público alvo e concentre as suas energias em novos instrumentos de comunicação. Perdida a batalha entre o “povão”, a briga é pela classe média e as armas são das redes sociais da internet. O ex-presidente é explícito na sua orientação:
Um acirrado campo de batalha
“A imensa maioria destes grupos – sem excluir as camadas de trabalhadores urbanos já integrados ao mercado capitalista – está ausente do jogo político-partidário, mas não desconectada das redes de internet, Facebook, YouTube, Twitter, etc. É a estes que as oposições devem dirigir suas mensagens prioritariamente, sobretudo no período entre as eleições, quando os partidos falam para si mesmo, no Congresso e nos governos. Se houver ousadia, os partidos de oposição podem organizar-se pelos meios eletrônicos, dando vida não a diretórios burocráticos, mas a debates verdadeiros sobre os temas de interesse dessas camadas”.
Caso a orientação do “príncipe da Sorbonne” seja acatada, a tendência é de uma crescente guerra no mundo virtual. Nas eleições do ano passado, o comando demotucano já investiu milhões nesta frente – contratou três empresas especializadas e até importou um sinistro “mago” indiano-estadunidense. Boa parte das baixarias da campanha se deu pela internet, que bateu recordes de audiência – mais de 40 milhões de internautas – na reta final das eleições.
O que FHC propõe é que a oposição de direita invista ainda mais pesado nas redes sociais para seduzir a chamada classe média. As forças progressistas estão atentas para este novo campo de batalha? Com o crescimento econômico do país, o aumento do poder aquisitivo da “nova classe média” e a expansão da internet – conforme previsto no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) -, milhões de brasileiros devem ingressar no mundo virtual. FHC é elitista e arrogante, mas não é burro!
O mais recente artigo de FHC, que virou manchete garrafal da Folha tucana, continua gerando polêmicas. Até líderes da oposição de direita criticam a sinceridade do ex-presidente, que sugeriu a ela que abandone o “povão” e se concentre na classe média. Na velha mídia, pelo contrário, editorialistas e “calunistas” aplaudem as orientações do “príncipe da Sorbonne”. É o caso do Estadão:
“A análise escrita pelo ex-presidente Fernando Henrique sobre o papel da oposição pode ter algum trecho redigido de forma a ser manipulado com o objetivo de criticá-lo... Importa que FH tem razão quando destaca a importância da nova classe média. Assim como também é indiscutível que a política clientelista do PT, financiada pelo dinheiro do contribuinte, cooptou sindicatos, organizações ditas sociais e parte do ‘povão’, via programas assistencialistas”, argumenta a coluna de “Opinião” do jornal.
Novo alvo e novos instrumentos
Mas o trecho em que o ex-presidente afirma que a oposição deve mudar seu foco [literalmente: “Enquanto o PSDB e seus aliados persistirem em disputar com o PT influência sobre os ‘movimentos sociais’ ou o ‘povão’, isto é, sobre as massas carentes e pouco informadas, falarão sozinhos”] não deve ser o único a instigar as forças progressistas do país.
Na disputa pela hegemonia, o grão-tucano FHC sugere em seu artigo que a oposição de direita adote um novo público alvo e concentre as suas energias em novos instrumentos de comunicação. Perdida a batalha entre o “povão”, a briga é pela classe média e as armas são das redes sociais da internet. O ex-presidente é explícito na sua orientação:
Um acirrado campo de batalha
“A imensa maioria destes grupos – sem excluir as camadas de trabalhadores urbanos já integrados ao mercado capitalista – está ausente do jogo político-partidário, mas não desconectada das redes de internet, Facebook, YouTube, Twitter, etc. É a estes que as oposições devem dirigir suas mensagens prioritariamente, sobretudo no período entre as eleições, quando os partidos falam para si mesmo, no Congresso e nos governos. Se houver ousadia, os partidos de oposição podem organizar-se pelos meios eletrônicos, dando vida não a diretórios burocráticos, mas a debates verdadeiros sobre os temas de interesse dessas camadas”.
Caso a orientação do “príncipe da Sorbonne” seja acatada, a tendência é de uma crescente guerra no mundo virtual. Nas eleições do ano passado, o comando demotucano já investiu milhões nesta frente – contratou três empresas especializadas e até importou um sinistro “mago” indiano-estadunidense. Boa parte das baixarias da campanha se deu pela internet, que bateu recordes de audiência – mais de 40 milhões de internautas – na reta final das eleições.
O que FHC propõe é que a oposição de direita invista ainda mais pesado nas redes sociais para seduzir a chamada classe média. As forças progressistas estão atentas para este novo campo de batalha? Com o crescimento econômico do país, o aumento do poder aquisitivo da “nova classe média” e a expansão da internet – conforme previsto no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) -, milhões de brasileiros devem ingressar no mundo virtual. FHC é elitista e arrogante, mas não é burro!
2 comentários:
O pior, é que ele tem razão! O que a esquerda deva fazer é, sem desprezar o povão, é investir em informação e formação, afinal, a classe média, ao invés do povão, não sabe pra onde ir! E pensa que faz parte da elite. A mesma elite qua a tem como produto descartável!
De pleno acordo, caro Francisco. Excelente sugestão.
Abração!
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