A Constituição brasileira de 1988, retrata a consagração de várias páginas escritas pela sociedade, através de muitos de seus filhos que suaram, sangraram nas batalhas pela devolução do país aos seus filhos para que, livremente, escolhessem entre os seus, aqueles que seriam seus representantes.
O voto devia ter um significado todo especial e a proposta de campanha seria o contrato moral entre o agente público e a sociedade.
Quando se vê, sem qualquer pudor, o agente público promovendo a liquidação do patrimônio público, me parece que devemos voltar as ruas e como já foi feito no passado, através da mobilização “cassar” essa autorização ao gestor que se sente INCOMPETENTE para administrar uma companhia de águas e por isso quer vendê-la.
O discurso vendista é falso.
Quem compra não investe, quer lucro. Se a privatização fosse boa, o transporte de Cuiabá seria de primeiro mundo, por sinal, creio que seja interessante lutar pela criação de uma companhia pública para administrar essa linha e frota de ônibus tipo BRTs, por que se cair na mão dessas empresas atuais... sei não.
Mas, voltando a tese da água, o alcaide desafortunadamente ainda não teve a coragem de dizer que o seu antecessor deixou uma herança maldita e que agora precisa vender o patrimônio para fazer caixa.
Vamos ver a qualidade dos vereadores e quais vão seguir o canto das sereias e quais serão fiéis ao seu compromisso de defesa do interesse público.
Não há como ficar em cima do muro.
De um lado encontra-se o interesse público e do outro o interesse comercial.
Os vereadores que são do PMDB devem perguntar ao Senador Requião porque re-estatizou a SANEPAR?
Os vereadores do PDT devem ver a lição do seu líder maior, Brizola, por que ele re-estatizou a Light?
Enquanto isso, empunha a bandeira da defesa do interesse público o vereador Ludio Cabral do PT.
Sem qualquer favor, quero dizer o nome aqui de outros vereadores e partidos que são contra a venda, bem como me reservo o direito de dizer quem vai votar a favor da liquidação do patrimônio do povo cuiabano.
Se for vendida a culpa não será apenas do vice-prefeito no exercício da função, mas partilhada por todos aqueles que votarem a favor ou se absterem.
Hilda Suzana Veiga Settineri
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