PT e PSDB enfrentam semanas difíceis. No governo, o PT continuará a trabalhar com afinco para impedir que as notícias da galopante expansão do patrimônio do ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, desestabilizem a gestão de Dilma Rousseff.
Na oposição, o PSDB será obrigado a usar de toda cautela possível para evitar que a convenção nacional, marcada para o próximo sábado, aguce os desentendimentos entre o senador Aécio Neves (MG) e o ex-governador de São Paulo José Serra.
Conhecidos pela disciplina e unidade que esboçam em tempo de eleição, os petistas são chegados num “fratricídio” quando no poder. Principalmente se está em jogo a ocupação de cargos, seja qual for o escalão.
E essa crise motivada pelo enriquecimento de Palocci, comenta-se nos bastidores, é resultado da pressão de gente do próprio partido por cadeiras em órgãos federais.
Analistas já apontam que essa crise revela a incapacidade da presidente de se impor diante do partido, o que, naturalmente, é nocivo para a governabilidade e para projetos futuros da sigla.
Por sua vez, a queda de braço entre os líderes tucanos chega a um round que pode deixar sequelas na articulação do PSDB para a preparação para corrida presidencial de 2014.
Há quem acredite, inclusive, que, se não for bem conduzida, a convenção – que escolherá a executiva nacional, inclusive o presidente do partido – pode até mesmo comprometer o papel de líderes da oposição que os tucanos têm hoje, o que deixaria a sigla enfraquecida para embates majoritários futuros.
Pois é. PT e PSDB, antagonistas que são há décadas, têm diante de si problemas diferentes na sua essência, mas semelhantes no que diz respeito à possibilidade de gerar efeitos negativos. Quem se sairá melhor na tarefa de se superar os desafios postos?
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