terça-feira, 5 de julho de 2011

Aécio não deixa os amigos na chuva…

… mas quem paga a conta é o contribuinte mineiro e o acionista da Cemig.


Aécio Neves e Wilson Santos, em 2009: "Chegou a vez do Aécio, e não é só porque ele é simpático, carismático, jovem e inteligente", diz ex-prefeito

Tucano de MT ganha cargo de estatal de MG para trabalhar no RJ


Denisa Motta, iG


Ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB) ganhou o cargo de conselheiro da Transmissora Aliança de Energia Elétrica, Taesa Energia, empresa controlada pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).


Ele é o segundo tucano de fora de Minas indicado para cargo de livre nomeação durante a gestão do governador mineiro Antonio Anastasia (PSDB). O ex-senador pelo Amapá Papaléo Paes (PSDB) também foi recentemente indicado para ser conselheiro da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), outra empresa ligada à Cemig. O ex-prefeito de Cuiabá disputou e perdeu o governo do Mato Grosso no ano passado. Ele obteve 16,55% dos votos, contra 31,85% de Mauro Mendes (PSB) e 51,21% de Sinval Barbosa (PMDB).


Enquanto Papaléo é mais reservado quanto à sua predileção sobre o futuro presidenciável do PSDB, Wilson Santos defende abertamente a candidatura do senador mineiro Aécio Neves – padrinho de Anastasia e ex-governador de Minas – à presidência da República em 2014.


“Tancredo não conseguiu ser presidente, mas Aécio conseguirá”, aposta. Ele diz também que se Aécio fizer uma dobradinha com políticos do PSB, terá uma “chapa forte”. O ex-prefeito de Cuiabá cita como possíveis vices o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o ex-ministro Ciro Gomes e o governador do Ceará, Cid Gomes.


“Quando se fala em Aécio a gente até arrepia. O Aécio empolga. A fila anda e já andou para o José Serra. Tudo tem seu tempo. Isso é bíblico. Chegou a vez do Aécio, e não é só porque ele é simpático, carismático, jovem e inteligente. Chegou a vez dele porque ele é preparado e qualificado. Só tem uma pessoa no PSDB para derrotar o PT e chama-se Aécio Neves”, defendeu Santos, conselheiro da Taesa desde maio deste ano, cargo pelo qual recebe R$ 9 mil, de acordo com informações da Cemig.


Santos deve participar de pelo menos uma reunião mensalmente, no Rio de Janeiro, onde fica a sede da Taesa. O ex-prefeito diz que, entre os 11 conselheiros, 6 são indicados pela Cemig, que controla 56% da Taesa. “Estou dentro da cota de indicação da Cemig”, explica.


Críticas em Minas


Os espaços dados a Papaléo e a Wilson Santos em empresas ligadas à Cemig vêm sendo motivo de polêmica na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O bloco de oposição ao governo, “Minas sem Censura”, questiona a medida, sob argumento de que os tucanos estariam sendo acomodados em prol da construção da candidatura de Aécio à presidência em 2014.


“É um cabide de empregos. O governador Anastasia está preocupado com o projeto do Aécio em 2014, está preocupado com contatos políticos. Ele tem se pautado em construir o Estado em função dos interesses pessoais do Aécio”, opinou o líder do bloco de oposição, Rogério Correia (PT), autor de requerimento cobrando explicações do governo mineiro.


O ex-prefeito diz que foi o governador Antonio Anastasia quem o indicou para a função na Taesa. Ele nega, entretanto, qualquer envolvimento do senador Aécio. “A indicação é do Executivo. O Aécio já foi do Executivo, mas não é mais. A indicação foi do Anastasia”. Questionado se recebeu alguma ligação de Anastasia, o ex-prefeito, que é formado em Direito, negou. “Não sei muito bem como foi o processo de indicação”, desconversou. Sobre suas atribuições na Taesa, Santos disse: “Não sei te informar como é o trabalho porque participei de poucas reuniões”.


O governo de Minas, por meio da Cemig, nega que a indicação de Wilson Santos seja política. A Cemig informou, por meio de assessoria de imprensa, que a diretoria da estatal indicou o ex-prefeito pelo seu perfil de gestor público. Sem citar nomes de quem teria indicado Santos, a assessoria também destacou que a Cemig e a Taesa possuem atuação em todo o País e, portanto, não há qualquer problema na indicação de um conselheiro de fora de Minas Gerais.

No Blog do Lucas Figueiredo

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Comentário da editoria-geral do Terra Brasilis:
"É muita 'coméida' para pouco palco. É muito lixo para pouca lixeira." [Essa eu ouvi de um dos meus poucos neurônios e está, doravante, 'arregistrada'"]

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