terça-feira, 30 de agosto de 2011

A Carta dos Eletricitários do Nordeste

Eletricitários das diversas empresas do setor elétrico do Nordeste brasileiro, vimos a público declarar o novo momento em que vive as empresas de geração, transmissão, distribuição e manutenção elétrica em nosso país e a necessidade de se manter esse modelo de valorização permanente do conhecimento e inovação, inaugurado no governo Lula/Dilma Rousseff. Importante, seguindo a tradição científica, fazer uma comparação, baseada em dados reais, sobre os últimos governos no que tange à política energética do Brasil:

Fomos testemunhas de um período de oito anos de governo Fernando Henrique Cardoso e José Serra em que não houve reajustes de salário e a implementação do projeto de desconstrução do setor elétrico estatal, como forma de mostrar a sociedade brasileira que éramos ineficientes e incompetentes para gerirmos o setor elétrico. Em paralelo a isso, deixaram de investir na modernização e ampliação do setor elétrico como forma de sucatear e vender a preço de banana o patrimônio de todos brasileiros .Todo este desmantelamento culminou com o grande apagão do setor elétrico nos anos de 2001 e 2002, levando a Auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) a apurar o custo do apagão elétrico, produzido pelo governo tucano de FHC, para os brasileiros: R$ 45,2 bilhões. Esse foi o valor retirado diretamente do bolso dos brasileiros através de impostos nas tarifas e através do Tesouro Nacional. Valor suficiente para construir na época 6 Usinas Hidrelétricas do porte de Jirau, uma dasmaiores Usinas brasileira.


O Plano Nacional de desestatização iniciado na década de 70 tomou impulso durante o Governo FHC/Serra em meio as preeminentes necessidades fiscais do governo, sem a prévia concepção e implementação de um novo modelo institucional para o setor elétrico que culminou com a privatização de empresas como Vale do Rio Doce, CSN, Telebrás, Coelba, Energipe, Celpe, Cosern, Saelpa, Ceal, Coelce, Light, além disso, tentaram vender a CHESF, Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Já nos oito anos de Governo Lula e Dilma Rousseff, a então Ministra de Minas e Energia reestruturou o setor elétrico, fortaleceu as empresas estatais e criou um novo modelo de gestão para o setor, espantando o medo do apagão. Claro que muitos avanços ainda se fazem sentir. Foi notório, incisivo e contundente a ampliação nos investimentos e a interligação da rede elétrica nacional no Governo Lula. Em defesa da continuidade destas políticas e em repúdio ao receituário neoliberal passado, reafirmamos nosso compromisso EM DEFESA DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO, defendendo que o Brasil siga no rumo das mudanças, com Dilma Rousseff Presidente da nossa Nação.

PS. Assinam este documento, as lideranças abaixo em nome de todos eletricitários da CHESF e COELBA que encaminharam email autorizando a inclusão do seu nome.

PRINCIPAIS LIDERANÇAS:
ANTONIO VERAS* - CHESF RECIFE
ANTONIO LINDENBERG - CHESF FORTALEZA
AILTON SOARES - CHESF PAULO AFONSO
CARLOS FELIPE PEREIRA - CHESF RECIFE
JOSÉ ANCHIETA MOURA - CHESF TERESINA
NILTON DOS ANJOS - CHESF SALVADOR
NILTON RODRIGUES - CHESF RECIFE
PAULO SERGIO CIPRIANO - CHESF FORTALEZA
RAIMUNDO ANTONIO MIRANDA - CHESF SALVADOR
ROSEVALDO VIEIRA - CHESF PAULO AFONSO
SANDRO ROBSON LEITE - CHESF PAULO AFONSO
SERGIO MONTENEGRO FERNANDES - CHESF RECIFE
XENILSON LUNA - CHESF FORTALEZA
WELITON RODRIGUES - CHESF TERESINA

* Antônio Veras é Engenheiro Elétrico/Eletrônico, graduado pela Universidade de Brasília (UnB) em 1972. Exerceu cargos na Celpe, no Ministério das Comunicações e Sistema Telebrás. E-mail: verasamv@hotmail.com

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