“O grande pacto republicano e pluripartidário é um pacto capaz de transformar a realidade social em que vivemos. Quero agradecer a presença do presidente Fernando Henrique por esse gesto”.
A frase acima foi dita pela Presidenta Dilma para afirmar o Pacto Brasil sem Miséria. Sou a favor de pactos de toda a sociedade. Sou a favor e participo diretamente, como dirigente, e como militante desta árdua tarefa de erradicar a miséria no Brasil. Mas um pacto não pode esconder o passado. E o passado mostra um sistema gerador das misérias atuais, mas que continua persistindo com todas as suas mazelas. Aliás, foi no período do Governo FHC que se agravou a miséria e se desconstituiu parte do estado, vendendo estruturas e empresas estatais que poderiam estar agora a serviço da erradicação definitiva da pobreza em nosso país. Foi também neste período que houve a compra de deputados para que votassem uma reforma na constituição que permitiu a reeleição de FHC. Se forem parceiros nesta tarefa, muito bem. Mas a erradicação da pobreza extrema não pode ser cortina de fumaça para aquilo que há tempos é o óbvio e cuja bandeira a mídia golpista só levanta de acordo com a sua prória necessidade ou da necessidade da retrógrada classe dominante brasileira. Para aprovar qualquer projeto em Brasília, é necessário sacar as tais “emendas parlamentares”, instrumento legal de um sistema viciado e deturpado, que só interessa aos mesmos que há tempo e em todos os governos se instalam nos ministérios da esplanada. Emendas parlamentares são só uma das várias “legalidades” inscritas na lei magna brasileira, que na verdade são formas legais de corrupção e de lucupletação pessoal da elite que se se assenta nas cadeiras do Parlamento. A imoralidade da corrupção não é deste ou daquele ministro ou deste ou daquele servidor, como tenta fazer crer a mídia golpista. E nem tampouco uma faxineira teria condições de varrê-la de dentro da cultura nacional. Há que se fazer uma nova discussão com a sociedade, para que de fato mudemos a política do país. E esta discussão só é possível se houver a Convocação de uma Constituinte Exclusiva, Soberana, para fazer a Reforma Política, e se assim aprouver a estes que correm a estabelecer “pactos”, que ela faça também a Reforma Administrativa e a Reforma tributaria. Uma Constituinte que seja eleita com este fim específico e que, ao seu término, os eleitos voltem para seus normais afazeres, sem poderem se candidatar imediatamente aos cargos eletivos definidos na Reforma. Este seria o verdadeiro Pacto das elites com a Sociedade, que em eventos como este em que a Presidenta pronunciou suas sábias palavras, só pode mesmo é aplaudir, como a aplaudiu, ou vaiar , como vaiaram as autoridades tucanas paulistas em evento na cidade de S.J. do Rio preto. Espero que este outro PACTO, o de mudar a política nacional, seja com o povo e não só pelo povo. Constituinte Exclusiva e Soberana Já!! E espero, sinceramente, que o Partido dos Trabalhadores, apesar do “arremedo de Reforma política” que tramita no congresso, saia imediatamente às ruas e coloque ao povo as mudanças que devem ser feitas na Constituição Brasileira, para que os velhos ardiss das velhas elites corruptas que povoam a Esplanada dos Ministérios e o Congresso Nacional desde antes da criação de Brasília, sejam definitivaente inscritos na história como passado, e não como passado que de tempos em tempos se revigora, derruba presidentes e então volta a mandar, nos trazendo sempre e de novo o velho time, capitaneado nacionalmente por Sarney e com suas ramificações por todos os lados. Entre os Partidos políticos, só o PT tem condições de defender e propor a Convocação da Constituinte Exclusiva e Soberana, pois das hostes petistas que vem a nossa Presidenta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário