A Câmara Municipal de São Luís, capital do Maranhão, ficou bem agitada na manhã da última terça-feira, 2, durante a sessão onde os vereadores votariam um projeto para conceder ao pastor evangélico Silas Malafaia, líder da igreja Assembleia de Deus, o título de Cidadão de São Luís. A votação foi adiada para a próxima semana depois que o líder do governo municipal, Ivaldo Rodrigues (PDT), pediu vista do texto.
O projeto de Decreto Legislativo (010), de iniciativa da vereadora Rose Sales (PCdoB), quer conceder o título ao pastor, mas encontrou resistência da maioria dos vereadores, que alegam que Silas Malafaia fere a dignidade da pessoa humana ao não respeitar a orientação sexual das pessoas.
“Além disso, pedi vista do projeto, pois a matéria tem que ter um ponto de vista técnico, assim como constar um currículo da pessoa. Não tem sequer uma informação dessa cabível, colocada à disposição dos vereadores. Portanto, não tem nenhuma justificativa para se dar um título de Cidadão de São Luís ao pastor Silas Malafaia”, criticou o vereador Ivaldo.
A autora do projeto justificou sua proposta se dizendo uma serva do Senhor e garantindo que Silas Malafaia não é homofóbico, fala que foi seguida de uma grande vaia dos representantes de grupos LGBT que compareceram à sessão. “Acho que considerar o homossexual como ser abjeto, como um grande pecador, que nunca vai receber o perdão de Cristo, não é normal”, reforçou o vereador Chico Viana (PSDB).
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