Tânia Monteiro e Rafael Moraes Moura, de O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff disse nesta
quinta-feira, 15, que, ao contrário do passado, quando o País sofria
baques à medida em que as crises internacionais avançavam, "o Brasil não
quebra mais." O comentário foi feito em discurso de meia hora no evento
"Fórum Nacional - O PMDB e os Municípios - Cidadão, Cidade e Cidadania -
Uma Vivência Democrática", em Brasília.
Dilma voltou a dedicar boa parte de seu discurso à crise econômica
internacional. Demonstrando otimismo e confiança nas políticas fiscal e
monetária adotadas pelo governo para enfrentar a turbulência, a
presidente repetiu a retórica usada pelo seu antecessor, o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, que convocou os brasileiros a manter os
padrões de consumo, para deixar a economia aquecida durante a crise de
2008 e 2009.
"No passado, quando havia qualquer tremor internacional, como
as crises da Ásia, da Rússia e da Argentina, o Brasil quebrava. Nós
provamos que o Brasil não quebra mais", destacou, voltando a citar o que
Lula dizia diuturnamente, que o País foi o último a entrar na crise de
2008 e o primeiro a sair, sendo interrompida por aplausos. "A melhor
resposta para a crise é continuar crescendo, distribuindo renda,
continuar consumindo, abrindo e ampliando empresas, é continuar
plantando e colhendo frutos da nossa agricultura. Temos certeza de que é
hora de fazer cada vez mais", afirmou Dilma.
Mais dólares. A presidente fez
questão de ressaltar, para uma plateia de peemedebistas, que o Brasil
"nosso País passa por um momento extraordinário" e avisou que "hoje nós
estamos mais fortes, temos mais dólares, mais dinheiro depositado no
Banco Central, que é o depósito compulsório".
Após destacar também a geração de mais de 1,8 milhão de
empregos até agosto deste ano, mesmo em uma época de turbulências
internacionais, a presidente salientou que hoje o País deu "passos além,
passos mais fortes" e que temos bancos públicos "mais fortes". A
presidente assegurou ainda que "nós vamos continuar crescendo e gerando
emprego. Nós vamos continuar com a nossa estabilidade fiscal e
monetária", prometendo, também, aperfeiçoar a gestão dos recursos
públicos.
Em seu discurso, a presidente aproveitou ainda para fazer um
balanço de várias ações de seu governo nas áreas de saúde, educação e
segurança, salientando que "um dos maiores desafios de seu governo" era
alcançar a qualidade dos serviços público. Nestes oito meses, assegurou,
seu governo deu passos decisivos no sentido de encaminhar medidas que
melhorassem estes setores.
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