12 de outubro.
Dia das Crianças.
Como mãe, educadora e cidadã política, entendo que, na minha cidade, hoje as crianças deveriam estar mais felizes.
Afinal, vamos sediar a Copa do Mundo em 2014 e maravilhas estão sendo feitas...
Toda criança tem direito ao esporte e ao lazer porque essas atividades melhoram a sua condição para o aprendizado e são medidas profiláticas para a manutenção da saúde.
Cada bairro deveria ter sua quadra de esportes e praça cuidada com muito esmero, pois contribuem para o exercício da cidadania.
Não vou culpar essa entidade camaleônica que transmuta-se, mas preserva seus elementos.
Sei que não é somente deles a responsabilidade.
Na capital existem a Secretaria de Estado e a Secretaria Municipal e já faz muito tempo que se definiu a sede para que não se tenha nenhum programa efetivo de formação, de ocupação das praças, centros esportivos.
Ando pela cidade e não são raras as situações de praças abandonadas ou em condições precárias.
Os equipamentos esportivos estão sendo corroídos pelo tempo e pela falta de manutenção.
Eu queria que as crianças tivessem motivos para estarem alegres.
Não me venham dizer da ausência de recursos para essas atividades.
Afinal, a principal função do Poder Público é prover de meios a sociedade para a melhoria da qualidade de vida.
12 de outubro deve ter recuperado seu significado, porque, restaurando-o, se traz de novo a baila a esperança que pode se materializar naquele sorriso lindo de uma criança feliz.
Assim, como mãe, educadora e cidadã política concito todos a exigir ao que seja realmente um legado para toda a vida dessas crianças de hoje e de amanhã.
Peçamos programas permanentes, não esses campeonatinhos, essas festinhas que duram algum tempo e depois caem no esquecimento durante o restante do ano.
Se estas autoridades não possuem competência, e, se possuem demonstrem imediatamente, tenham a sensibilidade de desocuparem a cadeira e.
Tenho certeza que nesta cidade existem pessoas qualificadas para fazer um trabalho que resgate a auto-estima e o prazer de viver.
Pensem nisso.
Hilda Suzana Veiga Settineri
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