quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Escalada do crime: O Globo tenta fraudar o ENEM

Por LEN

Pouco menos de dois meses depois de repórter da revista VEJA ser flagrado tentando invadir o quarto de José Dirceu, além de instalar câmera espiã em hotel em que ele estava hospedado (Confira aqui), hoje foi o Jornal O Globo que confessa ter cometido crime, através do repórter Lauro Neto, para conseguir pauta jornalística para desmoralizar o ENEM.

O Jornal O Globo de hoje traz matéria jornalística em que um de seus repórteres confessa ter usado métodos proibidos pela organização do ENEM, inclusive vazando ilegalmente o tema da redação do exame para o jornal. A confissão de crime pode ser lida na versão online do jornal aqui.

À medida que segue a escalada de crimes perpetrados pelas empresas de comunicação, a sociedade vai se tornando refém, pois não verifica qualquer tipo de reação de quem, por obrigação, deveria coibir atividades criminosas, independente do poder concentrado pelos seus autores. O Ministério Público e Polícia Federal não se sensibilizam com denúncias contra essas empresas e mesmo quando uma investigação chega a ser iniciada, não chega a resultar em punição para os réus.

O cinismo é tanto que nada fazem para esconder, e pelo contrário, ainda divulgam suas ações criminosas, se sentindo seguros pela impunidade garantida pela justiça. Em países onde os poderes não estão subjugados por veículos de comunicação essas ações resultariam em escândalos e punições duras, haja vista o que ocorreu recentemente com Rupert Murdoch e o jornal News of the World. Aqui nada é feito por mais que sejam feitas denúncias, e apenas resta o sentimento de impotência por parte das pessoas que diariamente se esgoelam contra esses abusos.

A sensação é que vivemos em uma terra sem lei, onde grupos poderosos se situam como vestais intocáveis, inclusive pelo código penal. O argumento de “liberdade de imprensa”, que é um valor conquistado por aqueles que lutaram contra a ditadura e não por aqueles que lhes deram sustentação, tem sido usado como álibi comum para crimes torpes de invasão de privacidade e fraudes em exames como o ENEM.

Se isso não for interrompido agora, com ações e punições duras, a tendência é piorar e o neo-fascismo pregado pelas redações desses veículos de comunicação, pode ganhar espaço na sociedade tornando o país a ficar sujeito a novos golpes contra o estado democrático de direito. As pessoas conscientizadas precisam se unir para pressionar o MPF, o PGR e a PF a investigar e processar os crimes, e o judiciário para punir com rigor.

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