Data: 21/11/2011
Fernando Siqueira- Presidente da *AEPET
Fernando Siqueira |
Depois erraram na injeção de lama mais pesada, com pressão acima do suportável pelo reservatório e fraturaram o seu reservatório. Afobados, começaram a injetar uma lama mais densa para controlar o poço. Só que, ao injetar essa lama eles o fizeram com pressão mais elevada do que o invólucro selador do reservatório suportava e, assim, causaram a fissura do mesmo. Portanto, uma sucessão de erros operacionais cometidos e não confessados.
Segundo o Wall Street Journal, a plataforma que está perfurando, é uma plataforma improvisada. Era obsoleta e funcionava como flotel (hotel flutuante) no Mar do Norte; Foi “armengada” e foi alugada por U$ 315 mil por dia. Uma plataforma moderna e adequada para essa atividade custa cerca de U$ 700.000 por dia. No inicio, a Chevron tentou por a culpa na Petrobrás insinuando que o vazamento era do campo de Roncador. Foi preciso o CenPes (Centro de Pesquisas da Petrobras) analisar o óleo para verificar o DNA do mesmo e identificá-lo como do campo de Frade, desmentindo os irresponsáveis.
Essas são algumas evidências objetivas que mostram que é preciso acabar com os leilões para evitar que empresas aventureiras, predadoras e mentirosas venham fazer no Brasil a mesma devastação que tem feito nos outros países como Nigéria, Equador, Peru, Iraque, Afeganistão, Líbia e, até na Amazônia, pois durante os contratos de Risco, nas décadas de 70 e 80 eles perfuraram na Amazônia e deixaram um rastro de destruição.
A Petrobrás já perfurou dezenas de poços nessa e em maiores profundidades, sendo mais de 20 poços no pré-sal e não provocou acidentes, muito menos dessa gravidade, mesmo não contando com essa benevolência da grande mídia.
Enviado pela *AEPET – Associação dos Engenheiros da Petrobras
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