segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Vereador Salmito Filho e suas manias de perseguição

É muito engraçado o comportamento do vereador Salmito Filho, que saiu do PT recentemente, e ingressou no PSB do governador Cid Ferreira Gomes, ao disparar farpas contra a prefeita Luizianne Lins por sua saida. O Blog da Dilma relembra o dia 22 de dezembro de 2010, quando Salmito Filho foi entrevistado pelo Jornal O Povo, e disse que descartaria a possibilidade de deixar o PT e negava isolamento em sua própria legenda. Salmito enfatizou: "votei com a bancada em praticamente 100% das vezes em toda a gestão da prefeita Luizianne Lins". Perguntado pelo repórter Robson Braga: O senhor se sente unido politicamente ao grupo petista? Salmito - Eu nunca estive desunido. Quem defende a democracia não pode ficar com nenhum tipo de mágoa. Repórter Robson Braga: O senhor pode deixar o PT? Salmito - Nunca pensei (em sair do PT), não existe essa possibilidade.

Será que o vereador Salmito tem memória? A quem ele quer enganar? Veja na íntegra reportagem do Jornal O Povo(22/12/2010):

Salmito diz não guardar mágoas e descarta sair do PT

Robson Braga -robsonbraga@opovo.com.br

Daqui a nove dias, o vereador Salmito Filho (PT) deixa a cadeira de maior destaque da Câmara Municipal de Fortaleza para se juntar aos demais vereadores da bancada petista, de quem garante manter-se próximo politicamente. Rumores à parte, ele descarta a possibilidade de deixar o PT e nega estar isolado em sua própria legenda.

Derrotado pelo correligionário Acrísio Sena nas eleições à Presidência do Legislativo municipal, Salmito teve 14 votos, contra 26 do ex-líder governista na Câmara.

Salmito se despede da Presidência da Casa num momento em que os parlamentares discutem e deliberam sobre o Orçamento municipal para 2011. Em resposta sutil ao baque sofrido, foi ele quem mais apresentou, até agora, emendas consensuais ao texto: 42 ao todo.

Como principal legado, ele deixa as 175 proposições do Pacto por Fortaleza, diagnóstico minucioso sobre “a cidade que queremos para 2020”, pensado em parceria com pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC).

O POVO - Alguns vereadores estão questionando os gastos previstos no Orçamento 2011 para o gabinete da prefeita, considerados exorbitantes. Os investimentos em publicidade e propaganda, por exemplo, poderão subir de R$ 10 para R$ 20 milhões. Para o senhor, os investimentos previstos estão sendo feitos de modo adequado?

Salmito Filho - Nessa questão das prioridades, há entendimentos diferentes por parte do governo e da oposição. Isso faz parte do bom debate democrático. Eu, particularmente, não fiz nenhuma emenda alterando ou retirando nenhum recurso por parte das definições prioritárias do Executivo.

OP – O senhor acha que o Orçamento de 2011, como está sendo apresentado, pode solucionar os problemas que o senhor levantou através do Pacto por Fortaleza?

Salmito - Nós não vamos concretizar as proposições do Pacto por Fortaleza em uma votação anual de Orçamento. Isso tem que ser ao longo de dez anos. Já estou providenciando projetos de lei que concretizem o Pacto.

OP – O senhor, que agora deixa a cadeira de presidente e volta para entre os demais do plenário, espera o que dessa nova gestão a partir de 2011?

Salmito - Eu desejo muito êxito (para Acrísio), porque o bom desempenho da Câmara é o êxito da nossa cidade. Então todos nós vamos ganhar.

OP – A gente percebe uma bancada do PT bastante homogênea. O senhor estará junto com os demais vereadores do PT nessa mesma defesa da gestão municipal ou, pelo menos, votando junto com eles?

Salmito - No mandato anterior (2005-2008), eu não estava na Mesa Diretora, passei quatro anos como vereador do PT, fui líder da bancada do PT, presidi a Comissão de Legislação e Justiça e Redação Final e a Comissão de Educação. Nesses quatro anos, votei com a bancada em praticamente 100% das vezes, menos em duas ocasiões, e não fui só eu (do PT) quem votou diferente. Então o parlamento é rico por conta desse debate. O que interessa é que a bancada do PT sempre tem uma unidade e eu vou dar minha opinião, dar minha contribuição como vereador, cidadão e petista.

OP - O senhor se sente unido politicamente ao grupo petista?

Salmito - Eu nunca estive desunido. Quem defende a democracia não pode ficar com nenhum tipo de mágoa. Às vezes a gente fica se perguntando, se questionando... (pausa) A gente sente. Se eu disser que não senti (a derrota contra Acrísio), não estarei sendo verdadeiro. Mas eu mesmo tenho de fazer um exercício pra que esse sentimento não se transforme em mágoa, porque se não eu não vou estar tendo a cultura democrática que eu tanto defendo. As pessoas passam, mas a cultura e a instituição democrática ficam.

OP – Pessoas da cúpula do PT avaliam que o senhor está isolado no partido. O senhor concorda com essa avaliação?

Salmito – Quem avaliou isso?

OP – A gente não pode revelar, presidente.

Salmito – Tudo bem, eu entendo que vocês precisam preservar a fonte. Mas qual foi o argumento?

OP – De que o senhor rachou com a DR (Democracia Radical, hoje chamado Campo Democrático e encabeçado por José Guimarães) e se manteve sem apoios, próximo apenas do deputado José Airton (PT).

Salmito – Isso (o isolamento) não é verdadeiro. E se esse for o critério (participar de grupo interno coeso), nenhum petista pode mais ser do PT, porque todos eles já fizeram alterações, já se deslocaram de um agrupamento ou de outro. Nunca me senti isolado (dentro do PT). Quando eu saí desse grupo (a DR), outros companheiros saíram, e quem ficou já vinha de outros grupos.

OP - O senhor pode deixar o PT?

Salmito - Nunca pensei (em sair do PT), não existe essa possibilidade. A base do PT se identifica com o partido, não é com as tendências. É porque tem gente que é mais a tendência do que o partido. E eu sou mais o partido do que qualquer tendência.

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