sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Obama estende "tapete vermelho" a brasileiros para salvar economia

Foi-se o tempo em que ministros eram obrigados a tirar os sapatos para entrar em território americano e aceitavam disciplinadamente, né Celso Lafer?

"Tirar os sapatos"? Não é mais preciso

A grande potência flexibiliza migração de brasileiros de olho nos bilhões de dólares que brasileiros gastam anualmente em terras americanas.

A história hoje é outra e são os cidadãos brasileiros (junto com chineses), até recentemente vistos como turistas de segunda classe nos Estados Unidos, que significam a real possibilidade de amenizar a grave crise econômica do país mais rico do mundo, que se arrasta, insolucionável, há quase uma década. Ao custo da perda de milhares de moradias de famílias de classe média e, consequentemente, da perda de empregos e do alto padrão de vida de seus cidadãos.

O Brasil experimenta um novo patamar, diferente de todos em que já se posicionou em toda a sua história e não precisa mais humilhar-se para entrar nas fronteiras do tio sam, é quase convidado com tapetes vermelhos e ofertas variadas, justamente pelo interesse ianque no grande volume de reais convertidos em dólares portados pelos brasileiros.

Os tempos são outros e um ministro de relações exteriores não tornará a envergonhar seu país e tirar os sapatos para pisar em solo norte americano, como portou-se de forma submissa o titular da pasta de FHC em 2002, né mesmo Celso Lafer?

Confira matéria da Reuters:


Obama ordena simplificação de vistos para brasileiros e chineses

O presidente norte-americano, Barack Obama, ordenou nesta quinta-feira a racionalização das inscrições para a obtenção de vistos de turista, com foco nos cada vez mais influentes visitantes brasileiros e chineses, em uma iniciativa para estimular o turismo nos Estados Unidos e a criação de empregos.

O pacote de reformas, em sua maioria modestas, é a mais recente medida apresentada por Obama para mostrar aos eleitores a sua seriedade em estimular o mercado de trabalho e ação em ano eleitoral, quando o Congresso trabalha em ritmo de impasse.

Obama planejou anunciar formalmente as medidas para reduzir a burocracia e facilitar a ida de turistas estrangeiros aos Estados Unidos enquanto visitava a Disney World, em Orlando, nesta quinta-feira.

A Flórida, que depende fortemente dos dólares dos turistas estrangeiros, é um Estado considerado crucial na disputa para a reeleição de Obama. Pesquisas recentes indicaram que sua popularidade lá está caindo.

"Todos os anos, dezenas de milhares de turistas de todo o mundo vêm e visitam os Estados Unidos", disse Obama em um comunicado. "E, quanto mais gente visitar os EUA, mais americanos voltarão ao trabalho. Precisamos ajudar os negociantes de todo o país a crescer e a criar empregos, a competir e vencer."

A Casa Branca estimou que mais de 1 milhão de empregos nos Estados Unidos podem ser criados na próxima década se o país aumentar a sua parcela no mercado internacional do turismo.

Os visitantes estrangeiros geraram 134 bilhões de dólares em 2010, tornando-se a maior indústria de serviços de exportação do país, informou o Departamento de Comércio. O número de turistas provenientes de economias emergentes com uma classe média cada vez maior, como Brasil, China e Índia, deve crescer bastante nos próximos anos.

A indústria do turismo e grupos empresariais norte-americanos defendem há muito tempo um alívio nas restrições dos vistos impostas após os ataques de 11 de setembro de 2001.

Entre as reformas anunciadas, está uma ordem para o governo aumentar em 40 por cento a capacidade de processamento de vistos para não-imigrantes no Brasil e na China em 2012, garantindo que 80 por cento dos candidatos sejam entrevistados em três semanas e expandindo o programa de isenção de vistos.

Ainda, um programa piloto para simplificar e acelerar os processos de concessão de vistos para brasileiros e chineses, incluindo a possibilidade de isentar das entrevistas candidatos considerados de baixo risco.

Obama também ordenou a inclusão de Taiwan na lista dos países isentos de vistos e a criação de uma força-tarefa para desenvolver sugestões para expandir o turismo internacional.

Alister Bull / Reuters

 

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