Depois de as estatísticas apontarem a erradicação de todos os tipos de crimes no Estado de São Paulo, governado pelo PSDB há mais de 20 anos, os tucanos, do alto de sua eficiência, resolveram retirar do tédio reinante nas repartições da PM paulista os policiais para uma atividade mais dinâmica e prazerosa.
Segundo nota oficial do chefe da tropa, a espionagem de manifestantes tem por objetivo “estimular o lado lúdico do militar e, eventualmente, descobrir na corporação a presença de um Steven Spielberg, reconhecendo publicamente um talento que ficaria escondido nas salas burocráticas”.
Com especial dedicação, esses potenciais cineastas hollywoodianos focalizam manifestantes, em pleno uso de sua cidadania, participando de atos contrários a medidas repressivas governamentais.
Como na ditadura militar, os artistas da PM fotografam e filmam os movimentos das pessoas, os cartazes que elas portam, bem como gravam o que elas dizem quando se aproximam da barraca do pipoqueiro, pois esta seria uma atitude subversiva clássica para fazer apologia marxista junto a indivíduos da classe trabalhadora.
Ciosos do dever, PMs efetuam os enquadramentos teleguiados pelo comandante das operações, que, por sua vez, recebe ordens do Palácio dos Bandeirantes para montar na ilha de edição da Tucano Pictures o roteiro do complô realizado pela “gente diferenciada”, integrada por trabalhadores de diversas atividades profissionais.
Mas segundo o tenente-coronel Pau-de-Arara, da equipe de produção Tucano Pictures, o governador estaria contrariado especialmente com os blogueiros sujos, cujos membros teriam rompido o cerco midiático e divulgado a existência do livro A Privataria Tucana, que registra os bastidores do maior roubo da história do Brasil, além de conter documentação vastíssima dos principais envolvidos na pilhagem contra o povo brasileiro.
PS. Quando o Ministério Público exigirá explicações da Polícia Militar e do governo paulista sobre as atividades de espionagem de manifestantes em plena democracia?
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