Para deputado, autor do projeto, veto do governador teve motivos políticos
Aprovado pela Assembleia Legislativa em dezembro passado, o projeto
de lei nº 648/11, que prevê o tratamento especializado a portadores de
doenças raras na rede pública, foi vetado na última terça-feira (10)
pelo governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). O
projeto foi resultado de debate entre especialistas na área e entidades
de defesa ao tema, e foi mediado, inclusive, pelo secretário da Saúde do
estado, Giovani Guido Cerri.
O deputado estadual Edinho Silva (PT), autor do projeto e também
presidente do PT São Paulo, se diz surpreso com a atitude do governador.
Devido à importância do tema, o deputado afirma que estava confiante de
que a lei seria sancionada. “É uma pena que a política, um instrumento
para melhorar a vida das pessoas, seja utilizada para impedir avanços na
construção da cidadania”, lamenta. Ele levanta a hipótese de que a
decisão seja meramente política.
A lei permitiria que as pessoas com estas doenças fossem tratadas com
antecedência, a partir da criação de postos de assistência nas unidades
da rede pública para diagnosticar mais rápido os casos e diminuir as
mortes. O tratamento para a maioria das doenças raras ainda é caro e
difícil. Somente em São Paulo, as doenças vitimam cerca de 2,5 milhões
de pessoas.
“Como alguém pode justificar ser contra um projeto que cria uma
agenda para atender milhões de pessoas que hoje sofrem sem atendimento
médico?”, questiona Silva. O governo tucano, segundo ele, está colocando
os interesses partidários à frente do benefício da população em suas
decisões, em pleno ano eleitoral.
Atualmente, são mais de seis mil doenças raras identificadas e, em
sua grande maioria (80%), de origem genética. Se diagnosticadas
tardiamente, estas doenças podem levar a danos neurológicos permanentes e
até à morte.
No SPRESSO SP
2 comentários:
E o cara tem diploma de médico, né?
Não é médico, só tem diploma.
Se fosse médico, de verdade, não vetaria essa lei...
A vontade dele dever ser mandar incinerar os portadores das tais doenças raras, só assim o estado que ele comanda não teria custos.
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