O FBI divulgou nesta quinta-feira os arquivos de uma investigação de 191
páginas, nem sempre elogiosa, sobre Steve Jobs, um dos legendários
fundador de Apple falecido em outubro, aberta em 1991, quando foi
abordado para fazer parte de uma comissão presidencial.
A investigação revela como o gênio da informática foi
alvo de uma ameaça de bomba em 1985, consumiu drogas na juventude,
negligenciou a filha nascida fora do casamento e "distorceu a realidade
para conseguir seus fins".
Mas a indagação, baseada em dezenas de
entrevistas com amigos, colegas e familiares de Steve Jobs, concluiu que
era um líder "brilhante"; e a maioria das pessoas ouvidas
"recomendavam-no para ocupar um cargo de confiança e responsabilidade".
Jobs
era então candidato a fazer parte do Conselho Presidencial de
Exportações (PEC) dos Estados Unidos, sob a presidência de George Bush
pai.
Nas páginas publicadas pelo FBI em seu site web, pode-se ler,
também, que "várias outras pessoas questionaram a honestidade de Jobs,
por usar de subterfúgios e distorcer a realidade.
Um dos entrevistados argumentou que era "um indivíduo enganoso, não completamente honesto nem totalmente honrado".
Outro
destacou que Jobs, falecido aos 56 anos, vítima de um câncer de
pâncreas, conduzia "seus assuntos com honradez" e que nunca "tomava
partidos ou prejulgava quem quer que fosse", falando também de sua
"integridade" e "superioridade moral".
Também foi descrito por
mais um como alguém "extremamente inteligente, um verdadeiro líder que
marcou a indústria da informática".
Jobs, que não esteve
disponível "durante três semanas" para responder a perguntas do FBI,
teria consumido drogas na escola secundária e na universidade, incluindo
maconha, haxixe e LSD, segundo a investigação.
Vários
entrevistados citam uma filha tida por Jobs fora do casamento, com uma
namorada da escola secundária, dizendo que o chefe da Apple havia
"durante muito tempo" "descuidado", e até "abandonado", a menina,
passando a ajudá-la mais "recentemente".
Nenhum comentário:
Postar um comentário