Em campanha aberta para retomar o controle do Ministério dos
Transportes, o PR levou a Dilma Rousseff uma relação de quatro nomes.
Para desassossego da legenda presidida pelo ex-ministro Alfredo
Nascimento (AM), a presidente refugou todos eles.
A lista foi repassada ao Planalto por meio da ministra Ideli
Salvatti, coordenadora política de Dilma e administradora do balcão.
Inclui o ex-senador Cesar Borges (BA) e uma trinca de deputados: Lincoln
Portela (MG), líder do partido na Câmara; Luciano Castro (RR),
vice-líder do governo; e Milton Monti (SP).
Em privado, uma Dilma de nariz torcido disse que prefere manter na
pasta dos Transportes Paulo Passos, o ex-segundo de Nascimento que
assumiu a cadeira depois que as denúncias de corrupção derrubaram o
titular.
Para não dizer que não fala de flores com o PR, Dilma voltou a
mencionar a hipótese de guindar ao comando do ministério Blairo Maggi
(MT), que acaba de assumir a liderança do partido no Senado.
Informados, os dirigentes do PR enxergaram no aceno de Dilma não um
gesto de boa vontade, mas uma manobra. Sondado no ano passado, Blairo
rejeitara o posto sob a alegação de que uma de suas empresas opera no
setor de transportes.
Chama-se Hermasa. Transporte grãos por via fluvial. Não foi vendida.
Portanto, o “conflito de interesses” já invocado por Blairo permanece.
Um dirigente do PR reagiu assim à ressurreição do nome do
senador-empresário:
“A Dilma sabe que o impedimento que havia no ano passado não
desapareceu. Fala no nome do Blairo porque sabe que ele deve recusar de
novo o ministério. Ao mesmo tempo, rejeita as nossas alternativas e
acha que tudo vai ficar por isso mesmo. Não cola.”
Assim, remanesce o impasse. Às vésperas do Carnaval, o Planalto
convida o PR a permanecer no salão governista. E o partido entoa Noel
Rosa: “Mas com que roupa?”
Um comentário:
Deveriam é acabar com essa palhaçada.
Os partidos dizem que "Ministro é cargo da Presidenta"...
Querem enganar quem?
Esse loteamento de cargos em nome da "governabilidade", que nada mais é do que procurar colocar a maior fatia de recursos públicos nos cofres dos partidos, é um teatro de quinta categoria. Não têm mais público.
Contem outra história...
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