quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Transportes: PR oferece 4 nomes e Dilma rejeita

Em campanha aberta para retomar o controle do Ministério dos Transportes, o PR levou a Dilma Rousseff uma relação de quatro nomes. Para desassossego da legenda presidida pelo ex-ministro Alfredo Nascimento (AM), a presidente refugou todos eles.

A lista foi repassada ao Planalto por meio da ministra Ideli Salvatti, coordenadora política de Dilma e administradora do balcão. Inclui o ex-senador Cesar Borges (BA) e uma trinca de deputados: Lincoln Portela (MG), líder do partido na Câmara; Luciano Castro (RR), vice-líder do governo; e Milton Monti (SP).

Em privado, uma Dilma de nariz torcido disse que prefere manter na pasta dos Transportes Paulo Passos, o ex-segundo de Nascimento que assumiu a cadeira depois que as denúncias de corrupção derrubaram o titular.

Para não dizer que não fala de flores com o PR, Dilma voltou a mencionar a hipótese de guindar ao comando do ministério Blairo Maggi (MT), que acaba de assumir a liderança do partido no Senado.

Informados, os dirigentes do PR enxergaram no aceno de Dilma não um gesto de boa vontade, mas uma manobra. Sondado no ano passado, Blairo rejeitara o posto sob a alegação de que uma de suas empresas opera no setor de transportes.

Chama-se Hermasa. Transporte grãos por via fluvial. Não foi vendida. Portanto, o “conflito de interesses” já invocado por Blairo permanece. Um dirigente do PR reagiu assim à ressurreição do nome do senador-empresário:

“A Dilma sabe que o impedimento que havia no ano passado não desapareceu. Fala no nome do Blairo porque sabe que ele deve recusar de novo o ministério.  Ao mesmo tempo, rejeita as nossas alternativas e acha que tudo vai ficar por isso mesmo. Não cola.”

Assim, remanesce o impasse. Às vésperas do Carnaval, o Planalto convida o PR a permanecer no salão governista. E o partido entoa Noel Rosa: “Mas com que roupa?”

UOL

Um comentário:

Carlos Cwb disse...

Deveriam é acabar com essa palhaçada.
Os partidos dizem que "Ministro é cargo da Presidenta"...
Querem enganar quem?
Esse loteamento de cargos em nome da "governabilidade", que nada mais é do que procurar colocar a maior fatia de recursos públicos nos cofres dos partidos, é um teatro de quinta categoria. Não têm mais público.
Contem outra história...

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