domingo, 29 de abril de 2012

A casa caiu e só Reinaldo Azevedo não viu!

O abestalhado Reinaldo Azevedo saiu em defesa  da Veja e seus jornalistas amestrados. Não poderia ser diferente, afinal, o dele também está na reta. Não precisa desenhar, eu entendo. Mas para defender a Veja e seus jornalistas amestrados, ele ataca o ex-ministro Dirceu. Acusa-o de fazer um governo paralelo, porque mantém encontros com políticos do PT. Ora, José Dirceu nunca deixou a política e não esconde esse fato de ninguém. Todo mundo sabe que é um nome importante e respeitado no PT. Quem fez um governo paralelo, bem escondido, safado e corrupto, visando a seus interesses pessoais e os de seus aliados – Cachoeira, Delta e sabe-se lá mais quem –, foi o ex-DEM Demóstenes Torres. 

Vejamos: O contraventor Cachoeira dava as ordens, as coordenadas, fazia as exigências, e Demóstenes as executava; Demóstenes Torres ganhou um dos 15 telefones Nextel supostamente à prova de grampos, habilitado nos EUA, para tratar das negociatas com Cachoeira; Demóstenes Torres recebeu do Cachoeira, segundo a PGR, mais de R$ 3 milhões; Demóstenes Torres e Cachoeira abasteciam a Veja com ilações, suposições, que viravam verdades absolutas, para derrubar políticos que não lhes agradavam; segundo a FSP, Demóstenes ganhou do Cachoeira cinco garrafas de vinho Cheval Blanc, safra 1947, no valor de US$ 2.950 a garrafa –" Numa ligação a Gleyb, Demóstenes autoriza ligar para Las Vegas (EUA) para encomendar cinco garrafas: "Mete o pau aí. Para muitos é o melhor vinho do mundo, de todos os tempos". E completa: "Passa o cartão do nosso amigo aí, depois a gente vê". Gleyb então informa a Geovani Pereira da Silva, contador do grupo de Cachoeira, que comprou cinco garrafas para o "professor" – que a PF diz ser Demóstenes"; Demóstenes também ganhou fogão e geladeira importados do contraventor Cachoeira; Demóstenes Torres interferia nos três poderes a favor do contraventor Carlinhos Cachoeira, da Delta, conforme lhe era ordenado; existem mais de 300 horas de gravações da PF das conversas de Cachoeira com Demóstenes. 

Com tudo isso e muito mais envolvendo o jornalista da Veja Policarpo Jr, o abestalhado do Reinaldo Azevedo resolve atacar o ex-ministro Dirceu. Reinaldo Azevedo, cadê as gravações que comprometem José Dirceu com a corrupção, com o ilícito? Cadê as provas, documentos, cheques, depósitos, telefonemas, vídeos, envolvendo o ex-ministro Dirceu?  Só o que você tem contra  Dirceu é o encontro dele com políticos  no hotel que estava hospedado? Havia nesse vídeo do encontro  algum contraventor, algum bandido? Se manca, Reinaldo Azevedo, sua causa - atacar José Dirceu e defender a Veja - está perdida. A casa caiu também sobre a sua cabeça!

Jussara Seixas [Editora do Terra Brasilis]

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