O abestalhado Reinaldo Azevedo saiu em defesa da Veja e seus jornalistas amestrados. Não poderia ser diferente, afinal, o dele
também está na reta. Não precisa desenhar, eu entendo. Mas para defender a Veja
e seus jornalistas amestrados, ele ataca o ex-ministro Dirceu. Acusa-o de fazer
um governo paralelo, porque mantém encontros com políticos do PT. Ora, José
Dirceu nunca deixou a política e não esconde esse fato de ninguém. Todo mundo
sabe que é um nome importante e respeitado no PT. Quem fez um governo paralelo,
bem escondido, safado e corrupto, visando a seus interesses pessoais e os de seus
aliados – Cachoeira, Delta e sabe-se lá mais quem –, foi o ex-DEM Demóstenes
Torres.
Vejamos: O contraventor Cachoeira dava as ordens, as coordenadas,
fazia as exigências, e Demóstenes as executava; Demóstenes Torres ganhou um dos 15 telefones Nextel supostamente à prova
de grampos, habilitado nos EUA, para tratar das negociatas com Cachoeira; Demóstenes
Torres recebeu do Cachoeira, segundo a PGR, mais de R$ 3 milhões; Demóstenes
Torres e Cachoeira abasteciam a Veja com ilações, suposições, que viravam
verdades absolutas, para derrubar políticos que não lhes agradavam; segundo a FSP,
Demóstenes ganhou do Cachoeira cinco garrafas de vinho Cheval Blanc, safra 1947,
no valor de US$ 2.950 a garrafa –" Numa
ligação a Gleyb, Demóstenes autoriza ligar para Las Vegas (EUA) para encomendar
cinco garrafas: "Mete o pau aí. Para muitos é o melhor vinho do mundo, de
todos os tempos". E completa: "Passa o cartão do nosso amigo aí,
depois a gente vê". Gleyb então informa a Geovani Pereira da Silva,
contador do grupo de Cachoeira, que comprou cinco garrafas para o
"professor" – que a PF diz ser Demóstenes"; Demóstenes
também ganhou fogão e geladeira importados do contraventor Cachoeira; Demóstenes
Torres interferia nos três poderes a favor do contraventor Carlinhos Cachoeira,
da Delta, conforme lhe era ordenado; existem mais de 300 horas de gravações da
PF das conversas de Cachoeira com Demóstenes.
Com tudo isso e muito mais envolvendo
o jornalista da Veja Policarpo Jr, o abestalhado do Reinaldo Azevedo resolve atacar
o ex-ministro Dirceu. Reinaldo Azevedo, cadê as gravações que comprometem José Dirceu com a corrupção, com o ilícito? Cadê as provas, documentos, cheques, depósitos,
telefonemas, vídeos, envolvendo o ex-ministro Dirceu? Só o que você tem contra Dirceu é o encontro dele com políticos no hotel que estava hospedado? Havia nesse vídeo do encontro algum contraventor, algum bandido? Se manca,
Reinaldo Azevedo, sua causa - atacar José Dirceu e defender a Veja - está
perdida. A casa caiu também sobre a sua cabeça!
Jussara Seixas [Editora do Terra Brasilis]
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