A nomeação de Brizola Neto para o Ministério do Trabalho permite uma
leitura objetiva: a presidente Dilma Rousseff não se curvou aos riscos
da CPI e vai pagar para ver.
Apesar de originalmente do PDT, Dilma conheceu Brizola Neto apenas na
campanha de 2010. E reconheceu desde logo o papel eficiente que
desempenhou com seu blog O Tijolaço.
Depois, deu tempo ao tempo, com seu estilo que vai se consolidando:
em vez de movimentos bruscos, ações planejadas, lentas porém seguras.
Durante o dia, no Twitter liam-se mensagens de colunistas desdenhando
a falta de formação acadêmica de Brizola Neto. Curiosamente, seu
Tijolaço tem uma consistência e uma linguagem imensamente superior à da
maioria dos colunistas – incluindo seus críticos.
No final da tarde, O Globo se valeu dos expedientes de sempre, dando
voz apenas aos críticos de Brizola Neto e sonegando as declarações a
favor.
Foi um lance consolidador e repleto de significados. No mesmo momento
em que a velha mídia incensa como seu porta-voz Miro Teixeira, do PDT,
Dilma indica Brizola Neto, um dos críticos mais consistentes dos vícios
do velho jornalismo, assim como seu avô.
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