A Justiça decretou a prisão temporária de três dos quatro policiais
militares acusados de estuprarem uma moradora da Rocinha, detida por
furto na quarta-feira. A prisão foi pedida ao plantão judiciário pelo
delegado Gilberto Ribeiro, titular da 14ª Delegacia de Polícia (Leblon),
na noite de sexta-feira.
Os PMs, lotados no
Batalhão de Choque, unidade responsável pela ocupação na Rocinha desde
novembro, se apresentaram ontem pela manhã na delegacia do Leblon e
foram ouvidos informalmente. O teor do depoimento não foi divulgado.
Eles foram levados para o Batalhão Especial Prisional (BEP).
A
mulher, de 36 anos, foi presa por furtar a bolsa de uma moradora da
Rocinha. Reconhecida por sua vítima, foi abordada pelos PMs, que a
obrigaram a levá-los até sua casa. Lá, os policiais encontraram a bolsa
da moradora, que reconheceu seus pertences e deixou o local. A mulher
contou que, em vez de levá-la à delegacia, os policiais a algemaram e
passaram a espancá-la com chutes, socos e golpes de toalha molhada. Em
seguida, sofreu abuso sexual.
Laudo do Instituto Médico
Legal (IML) atestou que a mulher sofreu "lesão corporal e ato libidinoso
diverso de conjunção carnal". A Secretaria de Estado de Segurança
informou, na noite de sexta-feira, que o secretário José Mariano
Beltrame determinou à Corregedoria Geral Unificada "o máximo de rigor
nas investigações".
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