domingo, 6 de maio de 2012

Professora da UFPR é denunciada por racismo: "Que bonitinho, duas macaquinhas comendo banana"

"Que bonitinho, duas macaquinhas comendo banana": Alunas cotistas denunciam professora da UFPR por racismo

Duas alunas do segundo ano do curso de pedagogia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba, denunciaram uma professora do mesmo curso por racismo, na quinta-feira (3). Elas registraram um boletim de ocorrência (B.O) no 1º Distrito Policial (DP) e alegaram injúria discriminatória, segundo o delegado Vinícius Borges Martins. 

"Elas prestaram depoimento e contaram que a ofensa ocorreu no dia 11 de abril durante o intervalo de uma das aulas. Segundo as jovens, a professora passou e disse a frase: 'Duas macaquinhas comendo banana', enquanto as alunas lanchavam dentro da sala de aula", contou o delegado, em entrevista ao G1, na manhã desta sexta-feira (4).

Boletim de ocorrência  

Segundo a UFPR, no dia 20 de abril, em uma reunião entre as alunas, a professora e representantes do setor de Educação e do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab), a professora pediu desculpas a afirmou que foi um "comentário infeliz". 

"Eu estranhei porque nós não temos nenhuma intimidade com ela. Estávamos comendo e de repente ela chegou e disse: "Que bonitinho, duas macaquinhas comendo banana". Nós ficamos sem reação, até porque não estávamos sozinhas na sala", comentou uma das ofendidas, que preferiu não se identificar. 

A estudante disse ainda que depois do comentário da professora, ela chegou a comentar com uma aluna que tinha esquecido um texto, foi quando a professora soltou outra frase. "Ela falou: 'O texto você esquece, mas a bananinha não né?'", relatou. 

O advogado das alunas André Nunes da Silva disse que o que a professora disse configura crime racial e que, por isso, as alunas pretendem processá-la. "Elas disseram que ficaram em uma situação muito constrangedora e que, acima de tudo, não conseguiram admitir o desrespeito". 

A diretora do setor de educação da UFPR Andreia Caldas disse que a professora acusada não teve a intenção de ofender as alunas e que achou que, após o pedido de desculpas, a situação já havia sido finalizada. "Quando nós fomos noticiados da situação ocorrida na sala de aula, buscamos rapidamente tentar resolver através do diálogo. Nos comprometemos, inclusive, a fazer mais debates na universidade sobre racismo, achei que a história tinha encerrado".

Fonte: Portal Geledés

No MARIA DA PENHA NELES!

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Comentário da editoria-geral do Terra Brasilis:

Diretora Andreia Caldas, que intenção a professora teve quando proferiu tais palavras? Pode nos explicar? Ou a senhora não tem competência para interpretar o óbvio? A senhora é amiguinha da racista? Se for, não confunda profissionalismo com amizades, pois a academia é lugar para reflexão e não para apadrinhamentos. Na minha opinião, se a senhora insistir em que não houve intenção da professora em destilar preconceito racial explícito, a senhora deveria ser chamada às falas por acobertar crime de racismo.

2 comentários:

Lia disse...

É um absurdo a calúnia que estão fazendo contra esta professora, que sempre lutou pela justiça e contra o preconceito. A professora que está sendo injustamente caluniada sempre atuou em defesa do movimento negro, das cotas, e contra todos os tipos de opressão.
A calúnia contra ela só pode ser uma manobra pra prejudicar o próprio movimento negro, pois poderiam acusar quaqluer pessoa, menos a professora que estão acusando. Com certeza quem a está caluniando irão pagar por isso!

Anônimo disse...

A professora acusada, durante toda a sua vida, lutou contra todos os tipos de preconceitos.
Dedicou toda sua vida na luta pela igualdade e contra todas as formas de opressão.
Apesar de ser grande intectual, não suporta a arrogância de muitos intelectuais e, com isso, não gosta de ser chamada de Doutora e sempre buscou uma atitude amigável e de proximidade com seus alunos, sendo brincalhona, perguntando sempre sobre a família, etc.
A professora, durante as suas aulas, sempre aproveita para criticar o racismo e o preconceito.
Aí a professora vê suas alunas comendo bananas e, lembrando de seu próprio apelido de infância, brincou carinhosamente com as alunas. O comentário que ela fez teve a ver com o fato das alunas estarem comendo bananas (mesma razão de seu apelido) não tendo absolutamente nada a ver com a cor. Se as meninas fossem brancas, o comentário seria absolutamente o mesmo. A professora é tão ausente de preconceito que sequer imaginou que o comentário pudesse ter uma interpretação racista. O erro da professsora foi não ter discriminado as alunas, pois, se ela agisse de modo diferente com as alunas, por elas serem negras, não estaria sendo injustamente caluniada.

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