Eduardo silencia sobre a ''traição''
Durante atos de campanha de aliados, governador evita responder críticas feitas pelo ex-presidente Lula aos socialistas
O governador Eduardo Campos (PSB) silenciou sobre as declarações
feitas na sexta-feira passada pelo ex-presidente Lula (PT) durante o
comício em apoio à candidatura de Patrus Ananias (PT) à prefeitura de
Belo Horizonte (MG). Na ocasião, o petista fez cobranças indiretas ao
PSB, partido que afastou-se do PT na capital mineira e em cidades como
Recife e Fortaleza. No primeiro discurso público desta campanha, Lula
disse que “aqueles que o PT ajudou a chegar ao poder não querem mais
ficar com o PT". “O PT não vai ficar chorando, é importante que eles
saibam que não estariam no governo se não fôssemos nós”, cobrou.
Eduardo, no entanto, afirmou que não iria comentar o discurso do
ex-presidente. Questionado ainda sobre a avaliação que tem sido feita
por caciques petistas de que ele “traiu” Lula ao lançar a candidatura de
Geraldo Julio (PSB) no Recife, o socialista manteve o silêncio. “Eu já
falei o que tinha para falar sobre isso. Tenho nada para falar mais
não”, esquivou-se. O governador ainda não se manifestou publicamente
sobre as acusações do PT. A tarefa de rebater as provocações está sendo
delegada a “porta-vozes” do partido, como o líder do governo na
Assembleia Legislativa, Waldemar Borges (PSB).
O governador também evitou repercutir o pedido de impugnação movido
pelos petistas contra a candidatura de Geraldo Julio. O PT alega que o
socialista está fazendo uma campanha “casada” com o governo do Estado.
“Isso é para os advogados. Nosso debate é sobre os pontos que interessam
ao povo. Os advogados vão tratar disso nos autos”, resumiu.
Embora ainda não tenha protagonizado nenhum ato público ao lado do
seu candidato no Recife, o governador dedicou o dia de ontem para
reforçar os palanques majoritários do PSB em outras cidades da Região
Metropolitana. Ele quebrou o critério- adotado na campanha de 2008 – de
não participar de campanha em municípios onde os partidos que pertencem à
base do governo estadual estejam divididos. Em Igarassu, Eduardo
comandou uma carreata ao lado de Severino Ninho (PSB) cujo principal
rival na disputa é o candidato do PT, Gesimário Baracho (PT). Em
Paulista, onde também há uma “queda de braço” entre petistas e
socialistas, ele fez uma caminhada de três quilômetros, seguida de um
mini-comício, ao lado do candidato do PSB, Júnior Matuto. Hoje, Eduardo
participa de almoço com artistas que apoiam Geraldo Julio, no ateliê de
Ferreira. O evento também terá a presença do senador Jarbas Vasconcelos
(PMDB).
2 comentários:
Cumpadi, Lula não pode falar muito sobre traição... João da Costa foi vítima dele! Lula traiu João da Costa para eleger Haddad com o apoio de Dudu...
http://www.ocachete.org/2012/09/a-politica-e-traicao-de-cada-dia.html
Bom domingo!
Cumpadi,
Nesse imbroglio todo, o débito deve ir para João Paulo, que impôs João da Costa. João da Costa foi incompetente para abrir canais de diálogo com a sociedade civil organizada, com a Câmara... Enfim... Há uma informação que ninguém ousa divulgar, pois eu vou dizer agora: quem mandou e ainda manda na Prefeitura chama-se Marília Bezerra, esposa de João da Costa. Tudo tem que passar por ela... Daí a rusga entre JC e JP. O primeiro erro do PT-PE foi deixar que isso seguisse à revelia do partido e tomar a decisão que foi tomada com essas prévisa que só trouxeram desgaste. Lula tomou a posição para afastar JC do processo por conta disso. Não há traição, mas tomada de rumo, embora com desgastes inimagináveis.
Bom domingo. Santinha na cabeça, hoje!
abração
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