Quantas
meias verdades fazem uma mentira? De quantos pseudomoralistas se
precisa para fazer uma canalhice? Vivemos o tempo em que a direita, através da “grande mídia”, eterniza as bravatas
lacerdistas de meados do século XX.
Os
índices sociais do país nunca foram tão bons. Mesmo na economia e
o falso “PIBinho” que analistas de orelha de livro insistem em
exclamar. O mundo vive uma crise econômica desde 2008. dos EUA
passou para a Europa e no Brasil temos pleno emprego. O somatório de
crescimento do governo Lula para cá passa dos 40%.
Criou-se
o senso comum do crescimento infinito. Por isso algumas “mentes
brilhantes” repetem a ladainha do baixo PIB. Argumento totalmente
descontextualizado. E repito: mesmo nessa crise, que não é pequena,
vivemos taxas de pleno emprego.
Outra
expressão célebre é que isso aconteceria de qualquer jeito.
Independente do governo Lula. Se não fosse o governo do
ex-metalúrgico, seriamos hoje um grande estacionamento e a Amazônia
uma farmácia de manipulação sob alguma franquia estadunidense.
Dilma segue os passos do desenvolvimento com inclusão social. Comprou o debate dos royalties do petróleo para a educação. 100 % deles, defende o governo e 50% do Fundo Social do Pré-sal.
O mundo
quer nos imitar. Até 2002, o chamado “mundo civilizado” nos dava
ordens e tirávamos os sapatos como sinal de nossa subserviência.
Talvez nem Lacerda, se vivo, conseguiria ter a cara de pau da “grande
imprensa” hoje.
De
repente, se envergonharia de seu legado do “mar de lama”. Na
verdade, não dele, mas foi Lacerda quem deu o formato usado hoje em
dia.
“Mar de
lama” sempre foi o recurso usado contra governos de caráter
progressistas no Brasil.
Tanto o
delegado responsável pela Operação Porto Seguro quanto a Promotora
que acompanha o caso afirmaram não haver nada contra o ex-presidente
Lula. Somente a “grande imprensa” insiste nisso, juntamente com
mais um “herói” arrependido. O primeiro foi Roberto Jefferson,
agora Cyonil do TCU. Ambos por não receberem o que esperavam.
Mas o
centro da idiotice midiática é se Lula tem / tinha ou não um
affair com Rosemary Nóvoa,
ex-responsável pelo gabinete da Presidência da República em São
Paulo e investigada por supostas fraudes em pareceres técnicos e
jurídicos de agências reguladoras.
Na
fofocagem seletiva da “grande mídia”, nada falavam – e ainda
não falam – de FHC e seu caso com uma repórter da Globo quando
era presidente do país. Assumiu um filho que depois descobriu-se
sua não paternidade.
Se
vamos tratar das camas alheias, não existe notícia mais adequada do
que um ex-presidente corno. E corno de uma amante. Ou tem, nessa
realidade pastelão que insistem em nos convencer de sua
materialidade?
Agora
até o ministro do STF, Luiz Fux, foi para a berlinda. Em entrevista
admitiu ter feito lobby para assumir vaga no STF.
Lobbies
são feitos desde que o mundo é mundo. Mas no “país das purezas”
da grande mídia, onde vale tudo para comprovar a tese do “mar de
lama”, inclusive livrar-se de um soldado fiel no julgamento da AP
470.
Se
o que Fux fez for contrário ao preconiza as condições para assumir
a função de ministro do STF todas as medidas cabíveis devem ser
tomadas. A princípio fica apenas mais óbvio que quem escolhia ou
escolhe os nomes para o STF, não sabe o que está fazendo.
Ou
sabe muitíssimo bem.
Somente
o tempo dirá.
Enquanto
isso, os maiores grupos da comunicação do Brasil vivem de maquiar a
realidade, deixando de cumprir sua obrigação constitucional de
informar, ainda recebem a maioria dos recursos publicitários.
Fortalecendo seus monopólios e oligopólios no setor.
Desde
2003 a distribuição das verbas públicas de publicidade se
diversificaram enormemente. Antes eram apenas 499 veículos que
recebiam algum tipo de publicidade estatal, agora são quase 9000.
Mesmo assim, só a Globo ainda recebe em torno de 16% do total.
Particularmente,
defendo que verba pública apenas para veículo de comunicação
público, mas essa posição é taxada de radical e se alguém
defender algo parecido no Congresso ou em qualquer outro lugar, logo
será defenestrado.
Portanto,
uma distribuição cada vez mais igualitária desses recursos e uma
cobrança do que preconiza nossa Carta Magna já seria muito bom. O
país agradece.
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