sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Eduardo Campos, Marina Silva, mídia e 2014

Desde 1° de janeiro de 2011 que estamos vivendo no processo eleitoral de 2014. Pelo menos para a oposição midiática aos governos Lula e Dilma. Desesperados com mais uma derrota eleitoral, logo lançaram Aécio Neves oficiosamente – para a angústia de José Serra, quintuplicada pela derrota eleitoral para Fernando Haddad, outro poste de Lula, à prefeitura de São Paulo em 2012.

Lançado por FHC e o presidente nacional do PSDB, o anão do orçamento Sérgio Guerra, o tucano das Minas Gerais não emplaca. Trata-se de um ilustre playboy desconhecido. No máximo, o neto do Tancredo Neves.

Diante da falta de agenda, nome e discurso moralista, a mídia tenta requentar Marina Silva e seu novo-velho partido e o líder do PSB, Eduardo Campos.

Marina está sempre com o discurso do capitalismo verde. Também não tem agenda, mas deve tentar o neomoralismo lacerdista. Verde, neomoralismo lacerdista verde.

E esponjoso também. Teremos mais um partido "esponja" por aqui. Aceita de tudo, como o PSD do Kassab.

Já Eduardo Campos, governador de Pernambuco, tem outras características. Algumas, inclusive, parecidas com o primeiro “salvador” da mídia, Aécio Neves. Ambos são netos de personalidades políticas. O mineiro é neto de Tancredo Neves e o pernambucano, de Miguel Arraes.

Nenhum deles ainda chegou perto de ter o respaldo político que seus avôs tiveram. Mas Campos, em Pernambuco, tem mais prestígio que Aécio em Minas, pelo menos parece ter.

A mídia agora infla o ego do socialista. Sempre é bom lembrar que o ego é o pecado predileto do diabo.

Mas será que Eduardo Campos tem capilaridade nacional para disputar – com força – a eleição de 2014? Aparentemente, não. Mas também não se pode subestimar a capacidade da mídia em agigantar o que lhe convém.

Até o momento o que se viu foram pessoas ligadas a Campos afirmando que ele será candidato e que não será. Mas nada de sua própria boca. A não ser recados de que ele tem legitimidade para ser candidato.

O PSB, mesmo quando lançou candidatos a presidente, nunca deixou de ser um aliado importante do PT. Mas o PSB tem clara sua tática: se relacionar politicamente com todos os espectros políticos do país. Por isso as diversas alianças à direita em vários estados.

A posição enfática do PSB sobre um possível pedido de impeachment do Procurador-geral da República Roberto Gurgel, não passa de uma forma de autoafirmação. Todo mundo quer ter seu passe valorizado. Toda a movimentação dos socialistas, aproveitando a campanha midiática, é nesse sentido. No que isso vai dar, é esperar para ver.

O objetivo de qualquer partido político é a conquista do poder político. Portanto o PSB ou qualquer outro partido têm legitimidade para concorrer a qualquer eleição que seja. Mesmo que seja um partido recém-formado, como o de Marina Silva (terá essa condição em 2014).

Cabe à habilidade política do PT e dos outros partidos e à conjuntura política do ano que vem as definições das alianças eleitorais.

Não existe caça às bruxas, como muito que apoiam o governo Dilma parecem tentar fazer com uma provável candidatura de Campos.

Ambos, Eduardo Campos e Marina, ainda terão que enfrentar o que sair da disputa interna do PSDB. E onde tem Serra, tem sujeira. Se ele lograr êxito entre as penas do tucanato, pode sobrar também para os news old boys da mídia.

O que a oposição midiática quer é que se morra de véspera, como peru de natal. Tudo em seu tempo, com paciência, observação e agindo certo, cirurgicamente. 

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