Desde
1° de janeiro de 2011 que estamos vivendo no processo eleitoral de 2014. Pelo menos
para a oposição midiática aos governos Lula e Dilma. Desesperados com mais uma derrota
eleitoral, logo lançaram Aécio Neves oficiosamente – para a angústia de José
Serra, quintuplicada pela derrota eleitoral para Fernando Haddad, outro poste
de Lula, à prefeitura de São Paulo em 2012.
Lançado
por FHC e o presidente nacional do PSDB, o anão do orçamento Sérgio Guerra, o
tucano das Minas Gerais não emplaca. Trata-se de um ilustre playboy
desconhecido. No máximo, o neto do Tancredo Neves.
Diante
da falta de agenda, nome e discurso moralista, a mídia tenta requentar Marina
Silva e seu novo-velho partido e o líder do PSB, Eduardo Campos.
Marina
está sempre com o discurso do capitalismo verde. Também não tem agenda, mas
deve tentar o neomoralismo lacerdista. Verde, neomoralismo lacerdista verde.
E
esponjoso também. Teremos mais um partido "esponja" por aqui. Aceita
de tudo, como o PSD do Kassab.
Já
Eduardo Campos, governador de Pernambuco, tem outras características. Algumas, inclusive,
parecidas com o primeiro “salvador” da mídia, Aécio Neves. Ambos são netos de
personalidades políticas. O mineiro é neto de Tancredo Neves e o pernambucano, de
Miguel Arraes.
Nenhum
deles ainda chegou perto de ter o respaldo político que seus avôs tiveram. Mas
Campos, em Pernambuco, tem mais prestígio que Aécio em Minas, pelo menos parece
ter.
A
mídia agora infla o ego do socialista. Sempre é bom lembrar que o ego é o
pecado predileto do diabo.
Mas
será que Eduardo Campos tem capilaridade nacional para disputar – com força – a
eleição de 2014? Aparentemente, não. Mas também não se pode subestimar a
capacidade da mídia em agigantar o que lhe convém.
Até
o momento o que se viu foram pessoas ligadas a Campos afirmando que ele será
candidato e que não será. Mas nada de sua própria boca. A não ser recados de
que ele tem legitimidade para ser candidato.
O
PSB, mesmo quando lançou candidatos a presidente, nunca deixou de ser um aliado
importante do PT. Mas o PSB tem clara sua tática: se relacionar politicamente
com todos os espectros políticos do país. Por isso as diversas alianças à direita
em vários estados.
A
posição enfática do PSB sobre um possível pedido de impeachment do Procurador-geral
da República Roberto Gurgel, não passa de uma forma de autoafirmação. Todo
mundo quer ter seu passe valorizado. Toda a movimentação dos socialistas,
aproveitando a campanha midiática, é nesse sentido. No que isso vai dar, é
esperar para ver.
O
objetivo de qualquer partido político é a conquista do poder político. Portanto
o PSB ou qualquer outro partido têm legitimidade para concorrer a qualquer
eleição que seja. Mesmo que seja um partido recém-formado, como o de Marina Silva
(terá essa condição em 2014).
Cabe
à habilidade política do PT e dos outros partidos e à conjuntura política do
ano que vem as definições das alianças eleitorais.
Não
existe caça às bruxas, como muito que apoiam o governo Dilma parecem tentar
fazer com uma provável candidatura de Campos.
Ambos,
Eduardo Campos e Marina, ainda terão que enfrentar o que sair da disputa
interna do PSDB. E onde tem Serra, tem sujeira. Se ele lograr êxito entre as
penas do tucanato, pode sobrar também para os news old boys da mídia.
O
que a oposição midiática quer é que se morra de véspera, como peru de natal. Tudo
em seu tempo, com paciência, observação e agindo certo, cirurgicamente.
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