Manifestações
pacificas do povo, com justas reivindicações, fazem parte da democracia.
Fazem parte da liberdade de expressão, do direito de protestar contra o que não
está certo, contra o que traz prejuízo para a população. Mas o que estamos
assistindo nas manifestações ditas “apartidárias” são vários partidos políticos no comando. Infiltrados como meros participantes, eles estão
incitando a violência, a depredação do patrimônio público e
privado. Não entendo. Por que eles depredam os bancos? Por que depredam
lojas de veículos, lojas de roupa, farmácias? Por que põem
fogo em carros, em ônibus depredam prédios públicos como o Itamaraty, uma obra
de Niemayer? São um bando de baderneiros, de vândalos, ou são os
idiotas que querem um país sem economia, sem empregos, sem salários,
sem vendas, sem consumo? Essa gente quer ganhar o poder no grito, na
violência, já que não ganha democraticamente nas urnas? Impressiona
esses manifestantes que passam dias acampados na rua onde mora o
governador do RJ, Sérgio Cabral. Eles não trabalham, não estudam, não têm
família, nenhuma obrigação normal de qualquer cidadão?
Em
SP, tem manifestação contra o governador Geraldo Alckmin. A multinacional alemã Siemens
apresentou às autoridades brasileiras documentos nos quais afirma que o governo
de São Paulo deu aval à formação de um cartel para licitações de obras do metrô no Estado. Um escândalo de R$425 milhões. Tem que pedir para o MP, a PF
investigar, e se comprovada a roubalheira, cabe à ALSP pedir o impeachment
de Alckmin e o ressarcimento do dinheiro aos cofres públicos desde a era
de Mario Covas e Serra. Sem violência, sem depredação.
A
mesma atitude vale para governo do RJ, mas sempre defendendo a
democracia, a Constituição. Se ele foi eleito pelo povo com o voto na urna, um
impeachment poderia ser imposto pela ALRJ, se houve crime de corrupção,
abuso de poder, má gestão do dinheiro público. Tudo devidamente apurado,
investigado e comprovado. Fora isso, resta ao povo aguardar a próxima
eleição, em 2014, e votar em quem achar melhor, em quem tiver as melhoras
propostas para governar. Não há como querer antecipar a eleição pela violência,
pela depredação do patrimônio público e privado (isso é crime). Façam protestos decentes, com reivindicações boas para a população, para o
país. Sem violência, sem distúrbios que atrapalham a vida de centenas de
milhares de pessoas que, após um dia de trabalho, desejam chegar em casa. Sem
depredação do patrimônio que milhões de pessoas utilizam, necessitam. A
violência gera mais violência, e toda a ação causa reação. Os que depredam
o patrimônio público e privado, sendo identificados, devem ser processados e
arcar com a despesas do que destruíram, o que vale para os maus políticos
vale para aqueles que destroem que causam prejuízos.
Jussara Seixas [Editora do Terra Brasilis - São Paulo]
Nenhum comentário:
Postar um comentário