Queima de arquivos do escândalo Alstom no Metrô, Alckmin?
Cinquenta dias depois de entrar em vigor a Lei do Acesso à Informação,
que obriga os órgãos públicos a fornecerem cópias de qualquer documento
que não seja coberto por sigilo legal, o Metrô de São Paulo (estatal
sob comando do governo Alckmin) "descobriu" o sumiço de mais de 15 mil
caixas de documentos.
O sumiço foi constatado oficialmente no dia 9 de julho deste ano. Na
sexta-feira (30/11), o diário oficial de SP publicou edital informando o
extravio de 15.399 caixas com documentos do arquivo da companhia
(figura acima).
São papéis diversos, incluindo contratos assinados entre 1977 e 2011,
laudos técnicos, processos de contratação, de incidentes, propostas,
empenhos, relatório de acompanhamento de contratos de 1968 até 2009, e
vários outros documentos. Suspeita-se que na papelada esteja farto
material resultado do mega escândalo internacional do pagamento de
propinas da empresa Alstom para tucanos paulistas, em contas secretas na
Suíça.
Além de abertura de processo interno, o texto diz que o boletim de
ocorrência do desaparecimento dos documentos foi feito no dia seguinte,
sob número 1.435.
O Metrô de SP é fonte de diversos escândalos, a começar pelo
internacionalmente famoso da Alstom. O Ministério Público Estadual
também investiga suspeita de fraude e combinação de resultados na
licitação do prolongamento da Linha 5-Lilás. Outra investigação aponta
para superfaturamento na contratação de serviços para reformas de trens
das linhas já existentes.
Promotores ouvidos pela reportagem, no entanto, disseram não acreditar
que o sumiço possa prejudicar as ações - no caso da Linha 5,
principalmente, porque o inquérito já foi relatado à Justiça. (Com
informações da Agência Estado)
Nenhum comentário:
Postar um comentário