O presidente Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul (Simers) aplaudiu a decisão da médica.
Uma pediatra de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, estado mais a sul do Brasil, recusou-se a atender uma criança de ano e meio por ser filho de uma vereadora suplente na prefeitura local filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT). Confrontado com a situação, o presidente Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul (Simers) aplaudiu a decisão da médica.
O caso veio a público através da página de Facebook de
Ariane Leitão, a veradora suplente do PT em Porto Alegre, que escreveu o
seguinte: "Na semana passada, no auge dos ataques contra o presidente
Lula [após nomeação para ministro da Casa Civil e divulgação de escutas
telefónicas] fui surpreendida por uma mensagem da pediatra do meu filho a
dizer que estava declinando de maneira irrevogável de atender o
Francisco por eu ser petista". Maria Dolores Bressan, era pediatra do
filho de Ariadne "desde que ele nasceu", continua Ariane.
Eis o texto da mensagem que a médica enviou por whatsapp à petista, na íntegra:
"Bom dia Ariane. Estou neste instante declinando em caráter irrevogável
da condição de pediatra de Francisco. Tu e teu esposo fazem parte do
Partido dos Trabalhadores (ele do PSOL) e depois de todos os
acontecimentos da semana e culminando com o de ontem, onde houve
escárnio e deboche do Lula ao vivo e a cores, para todos verem
(representante maior do teu partido), eu estou sem a mínima condição de
ser pediatra do teu filho. Poderia inventar desculpas, te atender de mau
humor, mas prefiro a HONESTIDADE que sempre pautou minha vida
particular e pessoal.
Se quiser posso fazer um breve relatório do prontuário dele para tu levar a outro pediatra.
Gostaria que não insistisse em marcar consultas mais.
Estou profundamente abalada, dececionada e não posso de forma nenhuma passar por cima dos meus princípios. Porto Alegre tem muitos pediatras bons. Estarás bem acompanhada
Espero que compreendas".
A mãe queixou-se ao Conselho Regional de
Medicina e ao Ministério Público e ainda não obteve respostas, mas,
entretanto, o presidente do Simers, Paulo Mendes, disse que a médica em
causa tem "a admiração" do sindicato. "Ela foi extremamente ética e
honesta", afirmou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário